Nesta sexta-feira, às 8h, segue viagem rumo a Nasa a única equipe brasileira aprovada para a competição Human Exploration Rover Challenge, da Agência Espacial dos Estados Unidos. Robotchê é o nome do Rover da equipe da escola Frei Plácido. Conforme detalhou a estudante Isabélli Marques, serão 17 horas de viagem, no total, com escalas em São Paulo e Dallas, no Texas. A competição acontece em Huntsville, no Alabama, entre os dias 20 e 22 de abril.

A estudante garantiu que todos da equipe estão muito ansiosos. Após a chegada, eles têm que encarar os procedimentos da entrada no país e, então, ficarão concentrados na preparação para a competição. Além de Isabélli, também integram a equipe que viaja para essa que deve ser uma das experiências mais incríveis dos estudantes, Sofia Cuadros, Bernardo Freitas, Carlos Eduardo Munhoz e o professor Rodimar Acosta. Todos do curso Técnico em Mecânica da escola da rede estadual.

Vale destacar que a finalização do Rover (veículo de exploração espacial) demandou cinco meses de trabalho intenso. Isabélli tem compartilhado no Instagram @lugardeciencia alguns momentos dessa experiência e não será diferente durante a viagem. É importante lembrar que, para que isso tudo fosse possível, houve uma verdadeira mobilização. A viagem foi garantida pelo governo do Estado. Como a equipe também realizou uma vaquinha, o montante que foi arrecadado junto a comunidade será utilizado para custear as diárias da viagem, como já havia revelado Isabélli.


Entenda
O objetivo do evento anual da Nasa é desafiar os alunos a criarem um veículo movido à tração humana projetado para atravessar a superfície simulada de outro mundo e completar tarefas de missão ao longo do caminho. As equipes de alunos projetam, constroem e testam tecnologias que permitem que os rovers funcionem em uma variedade de ambientes.

Para se ter uma ideia, o veículo construído aqui em Bagé, lá nos "States", irá passar por um terreno simulando Marte, a Lua e outros corpos do sistema solar. Isabélli já havia afirmado ao Folha do Sul que a principal motivação na hora de submeter o projeto foi de provar que a escola pública e uma equipe brasileira têm capacidade de serem aceitos em um evento desta magnitude.