Roberto Jefferson pediu licença por prazo indeterminado da presidência do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) na noite deste domingo . De acordo com o Congresso em Foco, hospitalizado no Complexo Penal de Gericinó, onde cumpre pena preventiva, o ex-deputado federal deixou carta ao advogado em que justifica que a prisão o impede de exercer a gestão do partido.

Na carta, Jefferson afirma que a legenda precisa agir com "desvelo e agilidade", e que o fato de estar detido não permite a ele que imprima esta rapidez e cuidado nas decisões partidárias. Diz ainda que Graciela Nienov, vice-presidente da sigla, está "pronta para o pleno exercício da função" de presidente do PTB, além de contar com o apoio da quase totalidade do diretório nacional do partido, assim como da ampla maioria dos presidentes dos diretórios regionais.

Algoz dos gaúchos

Roberto Jefferson desmantelou o diretório do PTB no Rio Grande do Sul, que era presidido pelo deputado estadual, Luís Augusto Lara. Na mesma ocasião ele criticou o governo do Estado pela condução no combate a pandemia e ofendeu o governador Eduardo Leite - o que rendeu um processo e condenação ao dirigente nacional. Isso culminou na desfiliação do vice-governador, Ranolfo Vieira Júnior do PTB, assim com um número significativo de lideranças gaúchas.

Em um áudio, Jefferson elogia o prefeito Divaldo Lara e tece críticas ao deputado Lara.

Pouco antes do dirigente nacional ser preso, Divaldo, o presidente da Câmara de Vereadores, Augusto Lara (PTB) e a secretaria municipal de Educação e Formação Profissional, Adriana Lara visitaram o ex-deputado no diretório do partido em Brasília. Na ocasião, Jefferson recebeu de presente um corte de costela.