Para os espectadores, o dia em que o projeto do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) foi a apreciação, o que mais se viu foi jogo de braço. Como é contumaz nos parlamentos, quando está em jogo uma matéria polêmica, como o caso do IPTU - dependendo do lado, situação e oposição tentam se matar no cansaço. Foi que se viu nas sessões ordinárias desta segunda-feira, no Legislativo de Bagé, onde estavam em pauta 10 projetos - entre eles o do IPTU.

Enquanto havia a luz do dia, os trabalhos foram em tom de compasso se arrastando - a política dando lugar para o jurídico. Pareceres jurídicos deram o tom aos trabalhos.

Nesse jogo de empurra do horário que ia avançando, as extraordinárias acabaram se prolongando por mais de 15 horas e terminaram por volta das 2h da manhã. Foi na calada da madrugada, que os trabalhos terminaram, somente com um projeto aprovado.

Já era noite, quando a Comissão de Finanças e Orçamento (CFO) aprovou pedido da vereadora Beatriz Souza (PSB) solicitando explicações à Secretaria de Economia, Finanças e Recursos Humanos (Sefir) sobre o projeto do IPTU. A tramitação dessa proposta acabou sendo suspensa.

Dias antes, o secretário de Economia, Finanças e Recursos Humanos, Cristiano Ferraz foi em duas ocasiões na Câmara de Vereadores, para detalhar o projeto.