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IPTU

Madrugada é marcada por batalha verbal

Márcia Sousa imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Entranhas do Legislativo viraram ringue nos últimos dias

Depois da maior parte do dia de quarta-feira ficar ociosa - já que os trabalhos permaneceram interrompidos por cerca de seis horas -, as sessões extraordinárias na Câmara de Vereadores entraram noite adentro, e só encerram por volta das 3h. Um pacote de projetos de lei foi enviado para a Casa, pelo governo municipal. Mas um deles concentrou todas as atenções e brigas verbais dentro do Legislativo. É o que muda a forma de pagamento do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano). O que se viu foi jogo de poder, vaidades e troca de farpas entre vereadores da situação e oposição.

Como já era previsto, o projeto do IPTU ficou em vista na Comissão de Constituição e Justiça, a pedido do vereador Flávius Dajulia. Indignado, o presidente do colegiado, o vereador Ramão Bogado - Bocão (PTB), estipulou duas horas para o petista tirar as dúvidas. Dajulia retrucou que isso não existia e questionou em que artigo Bocão se baseava para estipular esse tempo, e o petebista não respondeu. Acossado, Bocão interrompeu a reunião da comissão por 30 minutos, e na verdade isso se estendeu por mais de duas horas.

No retorno, Dajulia começou a pedir vista de todos os projetos em pauta - e foi aí que Bocão estipulou um prazo de 48 horas para que o petista apresente o parecer dele sobre o projeto.

Em razão desse pedido, a base governista solicitou que a pauta de votações fosse "trancada", enquanto não for apreciado o projeto do IPTU. Na calada da madrugada, quando saiam da Câmara, o clima esquentou ainda mais. Uma vereadora cutucou forte os governistas e um deles "mordeu a isca" e revidou em palavras.

Vereadores não comparecem

Era esperado ontem, na sessão ordinária, o prefeito Divaldo Lara, que iria falar sobre o projeto do IPTU. Ocorre que não deu quórum (número mínimo de vereadores presentes em plenário). Estavam presentes os vereadores Rodrigo Ferraz (Dem), que é o líder do governo, Caio Ferreira (PDT) e Lelinho Lopes (PT).

Caso na justiça

Ontem, vereadores da oposição, contando com o reforço de dois da situação, Cleber Zuliani Carvalho e Omar Ghani - ambos do PP -, informaram que irão impetrar três mandados de segurança para tentar destravar a pauta de projetos.

Turba enraivecida

A briga ultrapassou os limites do plenário e foi parar nas redes sociais. O nível desceu mesmo. É "dedo na cara" com acusações fortes que deverão parar na Justiça. Como rede social é uma terra sem lei e, portanto, sem limites, a turba enraivecida atira para todos os lados. Ninguém escapa ileso das saraivadas - seja situação ou oposição.

Omar embrabece

O vereador Omar Ghani não gostou nada de ver seu nome associado a uma publicação denominada "Todos por Bagé". O progressista se manifestou, por meio das redes sociais, onde afirmou que não faz parte de nenhum grupo de oposição ao prefeito Divaldo Lara e que, nesse momento, está apenas divergindo do projeto do IPTU. Ele argumentou que ainda está sendo vivenciado os efeitos da pandemia. "Não compactuo com nenhum movimento do PT e dos seus aliados", vociferou.

Mesa diretora se manifesta

A direção da Câmara de Vereadores divulgou uma nota sobre o assunto. Mais uma vez, como já havia feito anteriormente, afirmou que o projeto do IPTU está sendo amplamente discutido em todas as instâncias desde que foi protocolado no Legislativo, em 29 de setembro, que teve audiência pública e amplo debate nas comissões da Casa. A nota enfatiza que todos os atos são tomados a partir do Regimento Interno e orientação da direção Legislativa, amparados na Lei Orgânica do município.

 

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