Embora desgastado em âmbito nacional, o PSDB protagonizou uma disputa interna para escolha do nome que vai concorrer a presidente da República, como nenhum outro partido conseguiu até então. Isso se deve a visibilidade que os candidatos tiveram nos debates em grandes veículos de imprensa - como se fosse a disputa já para o Palácio do Planalto. A exposição de ideias dos tucanos - foi uma vitrine para o partido. Isso fez lembrar as prévias do partido Democrata - entre Barack Obama e Hillary Clinton. Os dois protagonizaram uma disputa histórica e das mais acirradas que os Estados Unidos já viu.

A disputa ficou polarizada entre os governadores do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite e de São Paulo, João Dória. O outro candidato, o ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio - nessa briga ficou relegado a terceiro plano.

A disputa acirrada dos dois governadores foi à tônica dos debates. Alguns foram bastante tensos entre ambos. No meio do caminho, o clima esquentou sobremaneira com a denúncia por parte de apoiadores de Eduardo Leite, sobre filiação irregular de 92 prefeitos e vice-prefeitos, todos do estado de São Paulo, reduto eleitoral de João Doria. Depois houve uma queda de braço relativa ao suposto pedido para quer a data das prévias fosse adiada - o que foi contestado por parte do governo do Rio Grande do Sul.

Para apaziguar os ânimos, o gaúcho recebeu o paulista nesta semana, no Palácio Piratini. Doria encerrou a campanha no Rio Grande do Sul.

Neste domingo, depois que for apresentado o vencedor - resta saber se irão ficar fraturas provocadas por essa disputa ferrenha entre Leite e Doria. O resultado seja de que lado for, terá desdobramentos no Congresso e na relação com o governo Federal. Não é de admirar se o que não for escolhido como candidato a presidente, concorra a uma vaga ao Senado.

Nenhum dos dois governadores tucanos comungam com o governo de Jair Bolsonaro (sem partido).

As prévias que vão escolher o candidato do partido à presidência da República acontece neste domingo. Ao todo, 44.700 tucanos se cadastraram para votar. Em Brasília, estarão reunidos 700 mandatários (governadores, prefeitos, vices, senadores, deputados, o presidente e ex-presidentes da Executiva Nacional) que votarão em urnas eletrônicas oferecidas e auditadas pela Justiça Eleitoral. Vereadores e filiados em todo o país votarão pelo aplicativo Prévias PSDB.