Em reunião realizada de forma virtual na manhã dessa sexta-feira, a Comissão Especial sobre a crise das finanças e reforma tributária, presidida pelo deputado Luiz Fernando Mainardi (PT), ouviu os ex-governadores Yeda Crusius (PSDB) e Pedro Simon (MDB). Ambos expuseram suas visões sobre a crise financeira do Rio Grande do Sul.

Yeda falou sobre o modelo de gestão que implantou, baseada no ataque transversal aos problemas diagnosticados em seu plano de governo, na adoção de câmaras setoriais e programas estruturantes.

A tucana disse que o problema político a ser resolvido é o pacto federativo, grande gerador de crises nos estados. A ex-governadora assumiu ter ciúmes do Chile, que está em novo processo constituinte. "Um processo de revisão, com 50% de constituintes mulheres e 17% de representantes indígenas. Eu acredito que de 30 em 30 anos deve haver uma adequação constitucional", defendeu.

Simon? sustentou a necessidade de união da política gaúcha em defesa do Rio Grande do Sul. Ele fez longa exposição histórica sobre a interferência danosa do governo federal em questões que afetaram a economia do Estado.

Com vivência de mais de 60 anos na política brasileira, Simon lamentou as perdas do Estado com a federalização e posterior privatização da Rede Ferroviária Estadual, Aços Finos Piratini e do Polo Petroquímico do Estado.

A respeito da Lei Kandir, o ex-governador disse que ao não cumprir a emenda de equalização das perdas tributárias sofridas pelo RS com a Lei Kandir, o governo federal foi de uma violência sem limites com o desenvolvimento econômico e social do povo gaúcho.

Perguntado por Mainardi sobre privatizações de empresas públicas gaúchas, atualmente, Simon respondeu que o Banrisul é um braço do desenvolvimento econômico do Estado.