A possível filiação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao Patriota deve puxar para o novo partido em torno de 30 a 40 deputados eleitos pelo PSL. Isso, no entanto, só deve ocorrer em março de 2022, na chamada "janela partidária" - período em que deputados poderão trocar de legenda sem o risco de perder o mandato. O grupo faz parte da ala bolsonarista do PSL, partido pelo qual Bolsonaro foi eleito em 2018 e com o qual rompeu após divergências com o líder da sigla, Luciano Bivar.

A reportagem publicada pelo Congresso em Foco enfatiza que os aliados do PSL que desejarem seguir Bolsonaro vão precisar abrir mão do fundo eleitoral da sigla, que, em 2020, recebeu cota de R$ 199 milhões para as eleições municipais, a segunda maior entre os partidos, atrás apenas do PT. No mesmo período, o fundo eleitoral do Patriota foi de R$ 35 milhões, quase seis vezes menos.

Em 2018, o então partido do presidente conquistou 52 cadeiras na Câmara e o Patriota, que teve como presidenciável Cabo Caciola, apenas cinco. Estes números são levados em conta para definir a maior parte da cota a que cada legenda tem direito para bancar suas candidaturas.

O convite oficial para se filiar ao partido já foi feito a Bolsonaro pelo presidente do Patriota, Adilson Barroso, no dia 1º de junho .

Seja para onde for Bolsonaro, um séquito de políticos com mandatos hoje no PSL deverão segui-lo, como é o caso de deputados do Rio Grande do Sul, como Bibo Nunes.

Em Bagé

Em Bagé a maior liderança do PSL é o ex-vice-prefeito Manoel Machado. Depois de anos filiados ao PSDB, ele deixou os tucanos e ingressou no partido, que na época tinha Bolsonaro filiado. Na eleição de 2020, Machado concorreu a prefeito pelo PSL, tendo como vice José Antônio Marques da Silva (Coronel Marques) do mesmo partido.

Machado ficou em terceiro lugar, com 2 731 votos. Além disso, o PSL teve nominata para vereador, mas o partido não conquistou nenhuma cadeira no Legislativo.