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Disputa

Candidatos brigam pelo voto dos conservadores

Reprodução/Facebook imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Bolsonaro transita com desenvoltura campo conservador

A eleição de 2018 abriu uma ferida que vai levar um bom tempo para cicatrizar sobre a agenda dos costumes no universo político. A vitória do presidente Jair Bolsonaro (PL) mostrou que há muito espaço para os defensores de teses conservadoras.

De acordo com reportagem da revista IstoÉ, Bolsonaro sai na frente como representante de uma extrema direita empedernida e liderada pela ala ideológica do governo. Ele não tem qualquer filtro na sua narrativa e isso agrada os extremistas, que veem os excessos com bons olhos. O ex-juiz Sergio Moro (Podemos) ainda não se apresentou para defender essa pauta. Mas será colocado contra a parede e terá que se posicionar sobre armamento, homofobia, liberdade religiosa e feminismo, além de outros diversos temas, assim como os seus adversários.

Conforme IstoÉ, por sua vez, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já faz sua aproximação com os evangélicos. Segundo pesquisas, o segmento religioso representa cerca de 30% da população. A ideia é dividir os votos, sem os quais a campanha ficaria prejudicada. Na última eleição, o tema do casamento homossexual, a adoção de crianças por esses casais e a ideologia de gênero foi objeto de amplo debate. "Atribuiu-se muito ao PT e PSOL a vanguarda dessa discussão, assim como o feminismo e a descriminalização do aborto. Ter um católico como o ex-governador Geraldo Alckmin na chapa sinaliza uma trégua para um público conservador".

A publicação lembra que, uma fala totalmente equivocada deixou marcas em Ciro Gomes (PDT), em 2002. Ele fez um comentário machista a respeito da esposa, na época, a atriz Patrícia Pillar. Ciro não é diferente dos outros candidatos e está interessado no voto conservador. Tanto, que ele fez uma engenharia política bem arriscada e partiu ao ataque contra Lula considerado como extremista da esquerda, visando uma aproximação com setores conservadores da direita.

O governador João Doria (PSDB) terá facilidade de falar com o público conservador. No entanto, o tucano se considera liberal tanto na economia quanto nos costumes, defendendo minorias, mulheres e negros, por exemplo.

Tabus a serem resolvidos

A ampla liberação de armas é uma pauta do setor conservador que encontra bastante aprovação entre os eleitores. A discussão do aborto é outro tabu que não vai ser resolvido nessa eleição e, possivelmente, a pauta será utilizada basicamente como fonte de acusação ao adversário. A liberdade religiosa tem sido confundida com hegemonia, a convivência com o diferente, especialmente com as religiões afro-brasileiras, que tem sido objeto de litígio.  

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