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Piso da Enfermagem

Santa Casa prevê aumento de R$ 1 milhão na folha de pagamento

Divulgação/FS imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Gestores de diversos hospitais estiveram reunidos ontem

A rede de Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do RS esteve reunida em Assembleia Geral Extraordinária, em Porto Alegre. Na pauta, a aplicação do novo piso da Enfermagem, que implicará no impacto anual de quase R$ 950 milhões/ano.

As direções dos hospitais gaúchos estão preocupadas com a aplicação dos novos valores do Piso da Enfermagem. A maioria dessas instituições já enfrenta problemas financeiros, como a defasagem da tabela do Sistema Único de Saúde (SUS), por exemplo. Este é o caso da Santa Casa de Caridade de Bagé, que esteve representada na assembleia de ontem. Conforme o administrador do hospital, Raul Vallandro, os novos valores para os profissionais representam um aumento de R$ 1 086 000 por mês na folha de pagamento.

Vale lembrar que estas Instituições são responsáveis por mais de 51% dos atendimentos aos pacientes do SUS no país, chegando até 70% em alguns tipos de atendimentos, as Santas Casas e hospitais filantrópicos têm um déficit anual superior a R$ 10 bilhões na assistência que prestam ao SUS. Como único serviço de saúde em 824 municípios do país, são hospitais imprescindíveis ao SUS, tudo isso com custos até oito vezes menores que um hospital público federal. Nos últimos seis anos, 315 hospitais filantrópicos fecharam as portas, o que também representa milhares de leitos a menos para os pacientes do SUS.

"Sem previsão de recursos extras para o cumprimento do novo piso, as 247 Santas Casas e Hospitais Filantrópicos, responsáveis por mais de 70% das internações SUS e 80% dos atendimentos Cardiologia SUS no RS, entrarão em colapso financeiro, prejudicando a assistência à saúde da população do Estado, tendo em vista a inevitável necessidade de diminuir suas estruturas de leitos e de pessoal", é o que informou a Federação dos Hospitais Filantrópicos do Rio Grande do Sul.

A rede definiu que permanecerá em estado de Assembleia permanente, o não pagamento do novo piso para a Enfermagem, enquanto se discutem alternativas financeiras para o cumprimento e decisão de ADIN já em andamento, caso contrário, a desassistência em saúde é inevitável.

Logo após a Assembleia, mais de 60 dirigentes hospitalares foram recebidos pelo Chefe da Casa Civil, Artur Lemos e Secretária Estadual de Saúde, Arita Bergmann, onde entregaram o documento oficial das Instituições. Na ocasião, foi criado um Grupo de Trabalho que irá envolver outras Entidades, buscando soluções para o enfrentamento desta crise, que poderá resultar também em paralisações ou suspensões de atendimentos. A comitiva também foi recebida na Assembelia Legislativa do Estado, que recebeu o documento da Federação.

O próximo passo é a participação do Congresso Nacional da CMB, com a entrega do documento do Rio Grande do Sul e buscando uma grande mobilização nacional, tendo em vista que os recursos extras para o cumprimento do novo piso deveria ter sido apresentado pelo Executivo/Legislativo Federal.


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