Recentemente, a Santa Casa de Caridade de Bagé foi envolvida em uma polêmica quanto a humanização dos atendimentos, sobretudo no Bloco Obstétrico. O hospital se manifestou sobre o assunto e garante buscar melhorias sobre a questão.

O prefeito de Bagé, Divaldo Lara, compareceu na sessão da Câmara de Vereadores na última segunda-feira para prestar contas sobre a sua gestão. Em determinado momento ele se referiu ao hospital. Quando falava sobre os números relativos à mortalidade infantil, o prefeito foi contundente ao afirmar que a direção da Santa Casa precisa mexer com urgência no setor materno infantil. No entanto, elogiou a gestão do provedor do hospital, o médico Carlos Eduardo dos Santos. " O bloco onde estão as gestantes é desumano", falou. Ele também questionou a gestão do setor.

Ontem foi a vez do presidente da Câmara de Vereadores, Augusto Lara, também tecer críticas sobre o Bloco Obstétrico. "As gestantes mais humildes vão com dores de parto ao hospital, na esperança de saírem com seus filhos nos braços. E ficam sofrendo até darem sorte de encontrar um profissional que se disponha a fazer o parto", afirmou o parlamentar.

A reportagem do jornal Folha do Sul procurou a direção do hospital para responder às c?iticas. Em nota, ressaltou que a instituição é de direito privado, filantrópica sem fins lucrativos, contratualizada com o Sistema Único de Saúde (SUS), cujo funcionamento "segue as regras e portarias do Ministério da Saúde".

O hospital ainda relatou que já houve pedidos de esclarecimentos por parte do poder público sobre os atendimentos. A instituição ainda reforça que aguarda novo contato por parte da secretaria responsável. "Sempre que requisitado, acolhemos as solicitações de esclarecimento ao Poder Público, como em julho de 2021, a pedido da Câmara de Vereadores de Bagé, sendo realizada uma profícua reunião na Santa Casa a fim de esclarecer os processos internos vinculados ao Bloco Obstétrico (BO). Como resultado, detectamos a necessidade de uma melhora no processo técnico referente ao encaminhamento das parturientes ao BO, assim como a criação de um quarto de acolhimento para as mesmas, que por ventura apresentassem dificuldade quanto ao deslocamento e necessitassem de observação, segundo critérios médicos. Colocamo-nos à disposição da Secretaria de Saúde do Município de Bagé a fim de aprimorar os fluxos de referência e contra referência entre a Rede Básica e o Bloco Obstétrico. No entanto, estamos ainda aguardando o agendamento", relata trecho da nota. A reportagem entrou em contato com o secretário de Saúde e Atenção à Pessoa com Deficiência, Michelon Apoitia. Ele disse que uma reunião deve ser agendada na próxima semana.

A Santa Casa também reforça que houve a otimização em alguns processos e que está aberta ao diálogo. "Continuamos abertos ao diálogo que venha a contribuir para a busca do aperfeiçoamento dos atendimentos, não somente direcionados ao Bloco Obstétrico, como também ao restante do hospital", encerrou a nota.

Em contato com o setor de marketing da instituição, a reportagem foi informada que demandas, reclamações ou sugestões podem ser encaminhadas para o mesmo. O contato pode ser feito através do e-mail marketing@stacasadebage.com.br ou ainda presencialmente direto no setor.