Desde o dia 1º. de agosto está em andamento em todo o Brasil o Censo 2022 (referente a edição de 2020, que não foi realizada em função da pandemia de coronavírus). E em poucos dias cerca de 10% dos domicílios bageenses já foram visitados. É o que informou a agência de Bagé do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Ao todo, 91 recenseadores estão percorrendo as ruas de Bagé fazendo as entrevistas domiciliares do Censo. Conforme Laiane Castro, coordenadora da agência de Bagé do IBGE, cerca de 10% do total de endereços estimados inicialmente já foram visitados na cidade. Isso acontece mesmo com uma defasagem no número de recenseadores.

Para Bagé, o IBGE disponibilizou 113 vagas para o cargo. Portanto, ainda faltam 22 para serem preenchidas. Laiane explicou que ainda há uma lista de aprovados no processo seletivo para recenseadores. Estes estão sendo chamados para participarem de um treinamento, que deve ocorrer entre os dias 22 e 26 de agosto. No último dia os candidatos farão uma prova sobre os conhecimentos adquiridos. Assim, serão preenchidas as vagas remanescentes.

Cabe destacar que a previsão inicial dada pelo IBGE para conclusão do Censo é 31 de outubro. Entretanto, segundo Laiane, o Censo não será dado como concluído até que todos os domicílios tenham participado da pesquisa.

Receptividade

De acordo com Laiane, a grande maioria dos bageenses têm recebido bem a visita dos recenseadores. Mas, há exceções. "Alguns não querem receber (os recenseadores)", contou.

A coordenadora relatou que algumas pessoas ficam desconfiadas de que se trata de algum tipo de golpe. Por isso, ela ressaltou que todos que trabalham no Censo estão devidamente identificados. Mesmo assim, há alguns procedimentos que podem ser adotados em caso de dúvidas.

A pessoa que quiser confirmar a veracidade das informações sobre o recenseador pode ligar diretamente para a agência de Bagé, através do número (53) 32424074 ou diretamente para o IBGE, no 08007218181.

Também há alguns pontos de fácil identificação pela população. Todos os recenseadores portam um aparelho chamado Dispositivo Móvel de Coleta (DMC), onde os dados fornecidos são lançados. Eles também utilizam boné, colete e bolsa com o nome do IBGE. Além disso, todos possuem um crachá de identificação exposto no colete, na parte frontal, à esquerda para quem vê de frente. Neste crachá constam informações como nome e número da matrícula, que podem ser confirmadas junto ao IBGE. O crachá também possui um QR Code que confirma as informações dadas pelo recenseador.

Nos casos dos condomínios, Laiane contou que o contato é feito com o síndico, que agenda o dia e horário para que os moradores sejam visitados. Se mesmo assim a pessoa se recusar a receber o recenseador, o supervisor dele é quem retorna ao domicílio.

A coordenadora ainda falou sobre a importância de responder corretamente os questionamentos. "Esse censo é feito a cada 10 anos e deveria ter acontecido em 2020. Portanto, estamos há 12 anos sem informações sobre a população brasileira", destacou. Laiane também lembrou que as informações prestadas aos recenseadores não são divulgadas individualmente. Desta forma, não é possível haver qualquer tipo de vazamento de dados sobre um domicílio em especial.