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Aciba avalia aumento de pedidos de seguros-desemprego

Niela Bittencourt imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Setor é um dos que mais emprega na cidade

O número de pedidos de seguro-desemprego no Estado, nesse primeiro semestre de 2022, teve um crescimento de 4,88%. De janeiro a junho, foram 187 516 pedidos. No mesmo período do ano passado, o montante de pedidos foi 178 781 - uma diferença de mais de 8,7 mil pedidos. Tais dados estão disponíveis em painel do Ministério do Trabalho e Previdência. A reportagem conversou com o presidente da Associação Comercial e Industrial de Bagé, Ricardo Souza, já que o setor é um dos que mais emprega na cidade.

Ele destacou que é preciso entender que o período é de entressafra. "E passamos daquele período de início de inverno e também não chegamos ao período principal de vendas, que é o Natal", comentou. "Nesse período de junho, julho, agosto e setembro, existe muitas demissões das empresas se adaptando e se readequando", esclareceu.

O presidente da Aciba ainda lembrou que o período foi e é de crescimento inflacionário, o que tem obrigado as empresas a fazerem alguns ajustes. "Logicamente que algumas empresas estão optando por redução de custos e diminuindo sua máquina profissional", pontuou. "Isso gera uma quantidade de demissões maiores, uma readequação dos colaboradores, e, na sequência, o pedido de seguro desemprego", completou.

Souza sustentou também que, na região, há muito trabalho com a safra. "Nós saímos da colheita agora há pouco e a partir de junho e julho também temos um aumento de demissões desse posto de trabalho que foi criado somente pra safra", contextualizou. Um dado que chama atenção na divulgação do Ministério do Trabalho e Previdência é o crescimento de empreendedores, o que também tem elevado o número de pedidos de seguros. "A interpretação da nossa entidade é que, com esse processo inflacionário que estamos vivendo, que encarece todo o custo de vida, muitas pessoas estão optando por elas mesmos serem os seus empregadores", mencionou.

O presidente da Aciba ponderou que assalariados recebem um valor fixo e, em período de alta da inflação, esse montante acaba sendo "corroído". Souza, assim, defendeu: "Então, muitas pessoas precisam, logicamente, para sobreviverem, aumentar os seus ganhos, optando pelo empreendedorismo". Trata-se do fenômeno conhecido como "pejotização" - trabalhadores que fazem MEIs (microempreendedor individual), sacam o seguro-desemprego e montam um negócio próprio.


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