Mesmo diante das dificuldades impostas pela estiagem severa, a Associação dos Agricultores da Região da Campanha (Agricampanha) mobilizou em torno de 500 participantes no 4º Dia de Campo. O evento foi realizado em uma propriedade que é referência, no interior de Bagé. Essa é uma oportunidade de troca de experiências e aprendizados entre produtores, técnicos e os interessados nas culturas.

Como de praxe, diversas empresas levaram para o dia de campo maquinários com tecnologia de ponta. O evento tratou sobre manejo e variedades de soja na região da Campanha.

Entre as atrações, o ponto alto foi a palestra com o economista da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Antônio da Luz. Ele falou sobre mercado da soja e de milho - o internacional e o regional. "Mostrou o que precisamos fazer para aumentar a produção, porque o negócio com o arroz está desvalorizado, mostrou como aumentar o plantio de milhos, começar a irrigar a soja e fazer irrigação - esses foram os temas abordados durante o dia de campo", disse presidente da Agricampanha, Gesiel Porciúncula.

Grãos

Porciúncula contou que a colheita da soja precoce, a quebra, é muito grande. Porém, frisou que terá que ser feito um levantamento para quantificar, percentual de perdas do grão. A esperança é que dos ciclos médio e tardio, a colheita seja melhor.

Em relação ao arroz, o presidente da Agricampanha acentuou que a próxima safra é uma incógnita, porque as barragens que irrigam as lavouras estão secas. Além disso, mencionou o preço ao produtor, que está baixo. E já se fala em diminuição de área porque o produtor não tem rentabilidade. "O preparo do arroz está devagar devido a desvalorização do grão", pontuou.

Inauguração da sede

Está previsto para o mês de maio a inauguração da sede da Agricampanha, na rua Hipólito Ribeiro, esquina com Caetano Gonçalves. O funcionamento será das 7h30min até as 12h e das 13h30min até as 17h45min. Isso de segunda a sexta-feira.