Há pouco mais de um mês em racionamento, os reservatórios de Bagé ainda apresentam deficits preocupantes. O principal reservatório da cidade, a Sanga Rasa, está 5,2 metros aquém da normalidade. Já a barragem Piraí está 2,1 metros abaixo da normalidade. Apenas a Emergencial está cheia. Apesar disso, não há previsão de mudanças no esquema de abastecimento, que atualmente divide a cidade em duas - cada "grupo" de bairros recebe água por 12 horas.

Com a chegada do inverno, a reportagem questionou se há mudanças previstas e a autarquia garantiu que não há perspectiva de aumento de horas de racionamento, que deve ser mantido da mesma forma. Por outro lado, vale mencionar que as chuvas em Bagé estão abaixo da média histórica desde março. O acumulado no mês de junho, na Estação de Tratamento de Água, foi de apenas 30,5 milímetros. A média histórica para o período é de 81,86 milímetros.

O inverno, que se estende até as 16h21min do dia 22 de setembro, quando terá início a primavera, não tem previsão da presença dos fenômenos El Niño e La Niña. Para o mês de junho, frentes frias chuvosas estavam previstas - uma última é esperada para estas últimas semanas e a que mais deve trazer chuva para o Estado.

Em julho, as frentes frias devem ser mais ativas do que o normal no Sul, com chuva acima da média no Rio Grande do Sul. As ondas de frio também devem ser intensas no próximo mês em todo o Estado.

Problema regional

Desde o dia 18 de janeiro, a 3ª Brigada de Cavalaria Mecanizada atua nos municípios de Candiota e Pedras Altas no combate à estiagem. O Exército leva água potável para as duas localidades. Já foram percorridos mais de dois mil quilômetros, atendidas 185 famílias e distribuídos 326 mil litros de água.