A 44ª edição da Expointer foi confirmada pelo governo do Estado e irá acontecer entre os dias 4 e 12 de setembro, no Parque Assis Brasil, em Esteio. A feira agropecuária, que é uma vitrine para a produção gaúcha, terá controle de público e restrições, atendendo a implementação de rigorosos protocolos sanitários. A versão digital do evento, a exemplo do ano passado, também será mantida. Esse é o segundo ano em que a Expointer é realizada em meio à pandemia.

Bagé, ao longo dos anos, marca presença na feira agropecuária com os mais diferentes núcleos de criadores de raças. Por isso, a reportagem do jornal Folha do Sul conversou com lideranças do setor sobre a realização do evento que evidencia a pecuária e a agricultura.

O presidente da Associação e Sindicato Rural de Bagé, Geraldo Brossard Corrêa de Melo, enalteceu a importância da Expointer - que, segundo ele, é crucial para o agronegócio. O dirigente enfatiza que é a maior feira do Rio Grande do Sul e uma das maiores do mundo do agronegócio, e que isso, por si, já fala a importância do evento. "A Expointer é um balizador de negócios para as feiras de primavera, principalmente no que se refere à venda de reprodutores bovinos e à grande festa do cavalo crioulo, com a realização da tradicional festa do Freio de Ouro e a prova de morfologia, que é muito concorrida, que é a nossa vitrine maior, mas infelizmente ainda estamos enfrentando esse momento de pandemia, mas a nossa Expointer, com certeza, é de muita relevância", pontua o presidente da Rural. 

O presidente da Associação Brasileira de Ovinos Naturalmente Coloridos (Abconc), Oscar Francisco Colares (Cacaio), avaliou como muito importante a realização da Expointer porque, conforme ele, a feira é o palco de grandes negociações, e isso movimenta a economia gaúcha. "Com certeza este ano temos tudo para que a maior feira do Estado seja um sucesso", mencionou.

O coordenador da Regional Fronteira da Federação dos Trabalhadores da Agricultura (Fetag), Milton Brasil, informou que  no final deste mês os coordenadores regionais irão se reunir para discutir como vai ser a participação da entidade da Expointer. "Isso só será decidido na reunião que faremos, mas, com certeza, estaremos participando, sim, da Expointer", assegura Brasil.

 Pujança da raça crioula

O presidente do Núcleo de Criadores de Cavalos Crioulos de Bagé, Fausto Costa, afirmou que as expectativas para essa edição são as melhores porque uma das provas tradicionais, o Freio de Ouro, hoje não é apenas com animais do Brasil, e sim, também, com animais dos países do Mercosul.

Ele lembrou que cavalos de Bagé e da região conquistam prêmios e colocações nas diferentes provas da raça crioula.

Costa enfatizou que o núcleo de Bagé foi um dos únicos que conseguiu realizar as provas de Morfologia Passaporte para a Expointer, onde foram classificados oito animais para as provas de Morfologia e animais para as provas do pré-Freio de Ouro e Bocal de Ouro.

Ao ser questionado sobre a realização da Expointer, Costa  disse que a feira é um balizamento do que se está sendo produzido pelos crioulistas.