Só quem mora em uma rua na cidade que não tem nome é que sabe o quão é importante a denominação dessa via. A rua que não tem nome se torna um tormento para os moradores por vários motivos, entre eles a entrega de correspondências. Existem críticas muitas vezes direcionadas aos vereadores quando eles propõem denominação de ruas, porém quem age dessa forma não tem a consciência da importância disso. Em Bagé o que mais tem nos bairros são logradouros apenas com número.

Ao instituir a assessoria de Relações Institucionais, o prefeito Divaldo Lara pediu à ex-vereadora Sonia Leite, que assumiu o órgão, para que se dedicasse a essa necessidade, com levantamento de nomes de bageenses que possam dar nomes às ruas.

Ela assumiu o órgão em fevereiro desse ano e já se debruçou nesse trabalho. Primeira coisa que Sonia fez foi pedir sugestões de nomes a diferentes segmentos. Depois foi fazer mapeamento das ruas e ouvir familiares dos possíveis homenageados. "É um trabalho exaustivo", conta a assessora de Relações Institucionais.

Segundo ela, foram sugeridos 400 nomes. Depois de feita uma avaliação, ficaram em 200 nomes e a lista foi entregue ao prefeito. Uma nova avaliação foi realizada e ficaram em 100 nomes.

Neste primeiro momento será enviada para a Câmara de Vereadores a sugestão de 15 nomes, que poderão denominar ruas. A proposta tem que ser aprovada em plenário.

Dentre os homenageados estão Caçulinha, que nomeará a Travessa 14, do bairro Malafaia; Ierecê Móglia (Cecê), como será chamada a Viela 22, que dá acesso ao Complexo de Santa Tereza; Estrada do Forte "Vilson Souza", nome do trecho que segue da BR-293 até o entroncamento com a Estrada Santa Tecla, e Fuzilica, novo nome para a rua 765, no bairro Arvorezinha.

Ainda entre as figuras que terão seus nomes eternizados na cidade estão Olavo Salles e Nilo Romero, ambos denominando pontes localizadas no Corredor das Tropas. Já a Casa do Empreendedor passará a se chamar "Casa do Empreendedor Aracely dos Santos Menezes"