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CPI da Barragem promete acirrar ânimos na Câmara de Vereadores

Divulgação/TV Câmara imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Presidente e relator da comissão devem ser definidos amanhã

A sessão ordinária de segunda-feira foi turbulenta na Câmara de Vereadores por conta da instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai investigar possíveis irregularidades no que diz respeito à questão de recursos na gestão do então prefeito, Dudu Colombo (PT).

Nas manifestações na tribuna, houve troca de acusações e vereadores se desafiando em torno de questão que envolvem as gestões do PT e a atual.

O presidente da Câmara de Vereadores, Augusto Lara (PTB), propositor da criação da CPI, levou para a tribuna manchete de jornal da época em que a obra foi embargada dizendo que "Operação aponta fraude na barragem de Bagé".

Em resposta, quando foi à tribuna, o vereador do PT Flavius Dajúlia mostrou manchetes do mesmo jornal relativas aos processos contra o prefeito Divaldo Lara.

Augusto pontuou que o Ministério de Desenvolvimento Regional apontou que os cofres públicos tiveram que devolver R$ 845 mil por irregularidades e em torno de R$ 6 milhões por glosa. O petebista avisou que a Câmara vai fazer o máximo para tocar rápido os trabalhos da CPI.

O presidente da Câmara falou que a CPI tem que convocar o ex-prefeito Dudu Colombo, o ex-diretor do Departamento de Água, Arroios e Esgoto de Bagé (Daeb), Kiwal Parera, representantes das empresas que estavam envolvidas na obra e engenheiros técnicos para prestar depoimentos. "Essa CPI vai dar muita discussão e essa casa vai fazer todos os procedimentos para que se traga esclarecimentos, os petistas terão que vir a esta casa por convocação", disse.

Vereadores da oposição também cobraram investigação e apontaram possíveis desvios de verba pública na gestão atual, como na saúde.

"Quero que instale, eu quero a clareza dos fatos envolvendo a barragem", alfinetou Dajúlia ao acrescentar que quer saber qual foi a participação dos ex-prefeitos Luiz Fernando Mainardi, Dudu Colombo e Divaldo Lara, de Kiwal Parera e Volmir Pereira, que foram diretores do Daeb. "Eu não tenho medo da verdade, da clareza e da franqueza", asseverou o petista.

A vereadora do PSB Beatriz Souza disse que assinou e que acha importantíssima a CPI da Barragem. Por outro lado, questionou sobre nepotismo, 20 mil bueiros que segundo ela sumiram. Falou, ainda, em incorporações irregulares e que teriam ocorrido desvios de R$ 2 milhões da saúde. "A gente tem que investigar tudo, não só do governo anterior, mas desse também, tem muita coisa a ser esclarecida", sentenciou.

O vereador Marlon Monteiro foi o único do PT a não assinar pela instalação da CPI. Na tribuna, ele falou que teria assinado se não tivesse afastado por problemas de saúde. E disparou que a Comissão Parlamentar de Inquérito tem que ser feita para, segundo ele, acabar com as falácias e distorções referentes à obra da barragem.

Composição do colegiado

A CPI da Barragem conta com ampla maioria da fase do governo. Não podem fazer parte do colegiado aqueles vereadores que assinaram pela instalação da comissão.

Os nomes que ira conduzir os trabalhos são - os vereadores Ramão Bogado (Bocão) e Michelon Apoitia - ambos do PTB, Marlon Monteiro (PT), Rodrigo Ferraz (Dem) e Omar Ghani (PP).

O presidente da Câmara disse que amanhã irá definir os dias das reuniões da comissão - assim como o presidente a relator do colegiado. 

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