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Convenções irão turbinar disputa eleitoral de 2021

Divulgação imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Afonso Hamm deve disputar quinto mandato

Embora a maioria dos partidos não tenha definido as datas das convenções municipais este ano, são elas que irão dar o pontapé inicial para definir o panorama das eleições gerais de 2021. É durante essas reuniões que os partidos definem nomes que serão indicados para concorrer à Assembleia Legislativa, à Câmara dos Deputados e ao Senado. Em casos específicos para presidente da República, governador e para o Senado.

A colunista conversou com algumas lideranças de partidos em Bagé. Todos eles esperaram uma definição das respectivas executivas estaduais para definir datas.

O PT, que é a segunda maior bancada no Legislativo bageense, com quatro vereadores, terá o chamado Processo de Eleição Democrática (PED) no segundo semestre. O nome da sigla para disputar o Palácio Piratini é do deputado estadual Edgar Pretto.

O PDT, que tem um representante na Câmara de Vereadores e que está como comissão provisória, aguarda por uma definição estadual. A tendência é que permaneça a comissão à frente do partido. A agremiação aposta no nome do presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Júnior, para concorrer a governador.

O PSB, também com uma representante no Legislativo, terá o congresso a princípio em julho ou agosto. Os socialistas já tem como nome que desponta para concorrer a governador o ex-deputado Beto Albuquerque. O PCdoB aguarda pelo diretório estadual para definir data da convenção.

Caso emblemático

O caso mais emblemático é do PTB, com a maior bancada na Câmara de Vereadores, que tem a presidência do Legislativo e teve o diretório estadual destituído pelo presidente nacional da sigla, Roberto Jefferson. Ele nomeou novos nomes para comandar a sigla no Rio Grande do Sul. O estopim da crise no ninho trabalhista se deu porque Jefferson criticou a forma que o governo do Estado estava conduzindo a pandemia e ofendeu o governador Eduardo Leite. O mais atacado foi o vice-governador, Ranolfo Vieira Júnior (PTB), que se manteve fiel ao governo e resolveu deixar o partido e, junto com ele, várias lideranças estaduais - inclusive o deputado estadual Luís Augusto Lara. Mas a saída deve ser sacramentada somente em março para que os eleitos não percam os mandatos.

Jefferson manifestou publicamente preferência pelo nome do prefeito Divaldo Lara para concorrer a prefeito, e depois o PTB gaúcho manifestou preferência pelo bageense na disputa ao Palácio Piratini.

Frente a tudo isso, por enquanto o partido não tem data definida para convenção.

Único representante

Os Progressistas, que tem dois vereadores em Bagé, deram a arrancada com a convenção municipal em Porto Alegre no sábado passado. Em Bagé ainda não tem definição de data. A atual presidente do diretório municipal do PP, Sonia Leite, deve ser reconduzida ao cargo. O partido tem como pré-candidato a governador o senador Luiz Carlos Heinze. Ele e lideranças estaduais da sigla conversaram com Divaldo Lara vislumbrando uma possível aliança para 2021.

O único representante da região no Congresso Nacional que é do partido é o deputado federal Afonso Hamm, que está no quarto mandato e deve disputar a reeleição.

O MDB, maior partido do Brasil e com um representante no Legislativo bageense, deve disputar o governo do Estado. Um dos nomes é do atual presidente estadual do partido, o deputado federal Alceu Moreira, e Edson Brum, que deixou a Assembleia Legislativa para assumir o comando da Secretária de Desenvolvimento Econômico.

Radar do jogo político

Em âmbito nacional, a disputa está polarizada entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que já estão turbinando a corrida eleitoral. Um nome forte de centro ainda não deu de fato as caras para enfrentar os dois, que no momento monopolizam a disputa.

O PSDB está entre o governador Eduardo Leite e o de São Paulo, João Doria. O PDT, mais uma vez, aposta em Ciro Gomes, que já é figura conhecida nas disputas. Hoje a grande questão é que nome aparecerá como opção de centro.

Para muitos eleitores, a esperança é que surja uma alternativa entre esses dois caminhos (Bolsonaro x Lula) , alguém da chamada terceira via, mas esse nome de fato ainda não apareceu.

 

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