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Vigilância pede cuidado redobrado para evitar a dengue

Divulgação Vigilância em Saúde imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Coordenador lembrou que incidência do mosquito não cai com o frio

O coordenador da Vigilância em Saúde de Bagé, Geraldo Gomes, enfatizou que os bageenses devem redobrar os cuidados para evitar a proliferação do aedes aegypti e isso independe da chegada do frio, com o avanço do outono. "Está aparecendo muita incidência de focos do aedes aegypti noutras regiões do Estado mesmo com o frio", alertou. "Hoje, a situação é bem diferente de anos atrás. Antes, o mosquito, com o frio, diminuía a incidência. Hoje, não é mais assim", sustentou.

 
Vale mencionar que o Centro Estadual de Vigilância em Saúde confirmou a ocorrência do segundo óbito por dengue no ano no Estado. A vítima é um homem de 66 anos, residente de Morro Reuter, que possuía como comorbidade um diagnóstico prévio de hipertensão arterial sistêmica. O óbito ocorreu em 31 de março. No ano, o Rio Grande do Sul registra 3,7 mil casos confirmados da doença, dos quais 3 389 são autóctones, ou seja, o contágio aconteceu dentro do Estado. Os demais casos são importados - residentes do Rio Grande do Sul foram infectados em viagem a outro local.

 
Conforme o comunicado de risco semanal das arboviroses publicado pelo Cevs, o Estado vem apresentando ascensão na incidência de casos notificados de dengue. O município de Encantado representa hoje 26,8% dos casos confirmados do Rio Grande do Sul e apresentou 51,3% de aumento de casos confirmados nas últimas duas semanas (de 567 para 882 entre os dias 25 de março e 1º de abril).

 
Da mesma forma, a Região de Saúde da qual a cidade faz parte, composta por outros 26 municípios, teve um aumento de 59,1% (de 633 para 1 007) no mesmo período. Ijuí e Porto Alegre são o segundo e o terceiro município do Estado com o maior número de casos, respectivamente, com aumentos de 102,7% e 137,2% de casos nas últimas duas semanas. Além disso, 23 municípios, que até meados de março não possuíam casos, tiveram confirmação nas últimas duas semanas.


Rainha sob controle
Gomes garantiu que, apesar do número de focos de aedes aegypti, a situação está controlada em Bagé. "Diminuíram o número de focos", citou, ao fazer referência ao Levantamento de Índice Rápido, que verifica um percentual de imóveis da cidade, e que apontou que houve uma diminuição no número de focos, sobretudo em comparação ao mesmo período do ano passado. "Bagé é considerado, sim, município infestado, assim como 91% dos municípios do Estado, mas a Vigilância tem sido bem atuante nas fiscalizações e no combate ao aedes aegypti", sustentou.

 
Ainda assim, o coordenador da Vigilância em Saúde de Bagé reiterou que a população deve se manter atenta. "As pessoas têm que redobrar os cuidados, evitando deixar criatórios do mosquito, eliminando todos os possíveis criadouros, mesmo agora nestes períodos de frio, entrando as baixas temperaturas ", pontuou.


Redução de 7,9%
No final de fevereiro, o Folha publicou que o primeiro Lira do ano foi concluído: o Levantamento de Índice Rápido buscou verificar a situação da infestação de mosquito da dengue na cidade e, de acordo com informações repassadas pela Vigilância em Saúde, naquela ocasião, neste início de ano, foram visitados 1 746 imóveis do município. Desse montante, 5,3% tinham focos do mosquito da dengue. Ou seja, foram encontradas larvas do aedes aegypti em cerca de 40 imóveis.

 
Ainda conforme os dados apresentados pela Vigilância em Saúde, no ano passado, nesse mesmo período, foram identificados focos do mosquito em 13,2% dos imóveis visitados - em cerca de 132 imóveis havia larvas do mosquito. Ao comparar o mesmo período dos dois anos é possível afirmar, segundo os números da Vigilância, que, neste início do ano de 2023, houve uma redução de 7,9% dos focos de mosquito de aedes aegypti no Levantamento de Índice Rápido.

 
Vale lembrar que são quatro ciclos do Lira por ano e que o próximo, com a visitação ao imóveis, está previsto para ocorrer entre os meses de abril e maio. Em reportagens no início deste ano, o coordenador da Vigilância em Saúde, Geraldo Gomes, explicou que o levantamento dos imóveis ocorre em curto espaço de tempo e os quarteirões que são verificados são sorteados. Isso para que seja possível apontar uma estimativa do índice de infestação.

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