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Estratégia

Saúde irá até as escolas vacinar contra meningite e HPV

Arquivo imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Imunizações também estão disponíveis nas unidades de Saúde

A Saúde confirmou a estratégia para a vacinação contra a meningite e contra o HPA em Bagé neste mês de setembro. Além das imunizações estarem disponíveis nos postos da cidade, vacinadores também se deslocarão até as escolas para a aplicação das doses. A coordenadora de Imunizações do Município, Tatiana Miranda, destacou que essa é uma estratégia mista. "Este mês de setembro, nós realizamos a vacinação dos adolescentes da nossa cidade, e a nossa estratégia é mista. A vacina contra o HPV está liberada nas unidades, também a vacina contra a meningite. Estão disponíveis em todas as unidades de Saúde e também os alunos terão a oportunidade de fazer essas duas vacinas na sua escola", contextualizou. 

  

À reportagem, Tatiana explicou que algumas escolas já estão com suas datas definidas. Questionada sobre o público-alvo em números, ela ponderou que a pasta não tem esse quantitativo de adolescentes. Sobre a importância das imunizações, em divulgação, a coordenadora argumentou que são de suma importância as duas. "A do HPV não só protege quanto ao colo de útero (contra o câncer), mas também contra o câncer também da genitália masculina, feminina, orofaringe. E a vacina contra a meningite é também importante", elucidou. "Adolescentes de 11 a 12 anos devem fazer uma única dose para se proteger da meningite, das suas formas graves", completou. 

  

A coordenadora comentou que, no caso da vacina contra o HPV, são duas doses com intervalo de seis meses. Ela enfatizou que essa mobilização, que vai envolver as escolas, é uma parceria da pasta da Saúde com a Secretaria de Educação. "Eu conto com a colaboração de todos", enfatizou, ao mencionar que a equipe envolvida está treinada e capacitada. Também por meio de divulgação em seu perfil, o titular da Secretaria de Saúde e Atenção à Pessoa com Deficiência, Ronaldo Hoesel, fez um apelo aos pais, para que ajudem a mobilizar seus filhos para que o município alcançar os índices que tem conseguido alcançar nas últimas campanhas de vacinação. 

  

Mais de 16% tem IST   

Segundo estudo realizado pelo projeto POP-Brasil, a prevalência estimada do HPV no país, na faixa etária de 16 a 25 anos, é de 54,3 %. O estudo entrevistou 7 586 pessoas nas capitais. Os dados da pesquisa mostram que 37,6 % dos participantes apresentaram HPV de alto risco para o desenvolvimento de câncer. O estudo indica ainda que 16,1% dos jovens têm uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST) prévia ou apresentaram resultado positivo no teste rápido para HIV ou sífilis. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Saúde. Vale mencionar que estudos internacionais também apontam o impacto da vacinação na redução do HPV. Nos EUA, dados mostram uma diminuição de 88% nas taxas de infeção oral por HPV. Na Austrália, redução da prevalência de HPV de 22.7% (2005) para 1.5% (2015) entre mulheres de 18 e 24 anos. Outro estudo internacional mostra que nos EUA, México e Brasil entre homens de 18 a 70 anos: brasileiros (72%) têm mais infecção por HPV que os mexicanos (62%) e norte-americanos (61%). 

  

Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, a vacina previne vários tipos de cânceres, contribuindo com a redução da incidência de cânceres nas mulheres e homens. No mundo, dos 2,2 milhões de tumores provocados por vírus e outros agentes infecciosos, 640 mil são causados pelo HPV. A vacina utilizada no país previne 70% cânceres do colo útero, 90% câncer anal, 63% do câncer de pênis, 70% dos cânceres de vagina, 72% dos cânceres de orofaringe e 90% das verrugas genitais. Além disso, as vacinas HPV protegem contra o pré-câncer cervical em mulheres de 15 a 26 anos, associadas ao HPV16 /18.  As vacinas são seguras e não aumentam o risco de eventos adversos graves, aborto ou interrupção da gravidez. 

  

Mais de 24 mil casos 

Já a vacinação contra a meningite protege contra o tipo mais grave –  causada por bactéria – e é a forma mais eficaz de controle da doença, que registrou mais de 24 mil casos nos últimos 13 anos no Brasil. A meningite provoca inflamação no cérebro e na medula espinhal. "A doença pode ser causada tanto por vírus como bactérias, que atacam as membranas que envolvem e protegem o sistema nervoso. É transmitida por meio de tosse, espirros, e contato próximo entre as pessoas", explicou o Ministério da Saúde. Os principais sintomas são cansaço, febre alta, dor de cabeça grave e persistente, rigidez do pescoço, náuseas ou vômitos. "É importante estar atento a dois tipos de sintomas que podem indicar infecções bacterianas: dificuldade para encostar o queixo no peito e, às vezes, manchas vermelhas espalhadas pelo corpo. Para as crianças menores de um ano de idade, a orientação é observar a presença de inchaço da moleira e choro persistente", completou.  

  

Vale destacar que as meningites virais costumam ser mais leves e atingem mais as crianças, mas têm grande potencial de causar surtos. Já as meningites bacterianas são mais graves e devem ser tratadas imediatamente, para evitar sequelas ou morte. Tais informações também são do MS, que destacou que de 2007 a 2020 foram confirmados 26 436 casos de Doença Meningocócica no Brasil. Depois do começo da vacinação, passou de 1,5 caso a cada 100 mil habitantes (2007-2010), para 0,4 caso da doença a cada 100 mil habitantes, nos últimos quatro anos (2017-2020). Os dados são do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan).  


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