Uma iniciativa busca verificar a demanda da comunidade quanto a uma das áreas mais importantes, a Saúde. E essa ideia recebeu um nome não só auto-explicativo, mas que também convida a comunidade a participar e dialogar: "A Saúde te escuta" teve início no final de semana, na unidade do bairro Floresta, mas deve percorrer as demais comunidades.

 
Conforme esclareceu o titular da pasta, Ronaldo Hoesel, essa é uma ideia que vinha sendo amadurecida pela equipe desde quando ele assumiu como secretário. "A ideia era estar próximo da população, escutando também. E tenho notado nesses seis meses que estou na Saúde que, muitas vezes, as pessoas, nos bairros, não sabem tudo o que a pasta oferece e o investimento que o governo faz na Saúde dos bageenses", sustentou.

 
Assim, ponderou Hoesel, a ideia é também explicar como toda a rede funciona, como ocorrem os encaminhamentos, quais os exames que são responsabilidade do município, quais são responsabilidade do Estado, quais as consultas com especialistas que o Estado oferece e o que o município tem de reforço. "Na verdade, a ideia é levar para as comunidades dos postos tudo aquilo que a gente oferece. E tirar dúvidas sobre quando encaminhar, onde encaminhar. Porque nós temos essa dificuldade Também, o que é Santa Casa, o que é Hospital Universitário, o que o município tem a ver com isso, como é que funciona, como é o atendimento na UPA, como são os investimentos no Laboratório Municipal, os CAPs, medicamentos, enfim, o que a Saúde tem, o que os usuários têm direito e o que eles podem buscar", esclareceu.

Infraestrutura e atendimento
Sobre a parte específica de ouvir as demandas da população, Hoesel explicou que a pasta está trabalhando dois pilares: infraestrutura e atendimento. "O pessoal cobra muito: um posto quer isso, noutro quer aquilo. É o modo de atender, é o modo de marcação de consulta. Então, a gente está ouvindo", ponderou. Em relação a infraestrutura, a pasta questiona o que a comunidade acha melhor para aquele posto, por exemplo, se uma reforma, uma sala melhor ou um gabinete odontológico ou, ainda, uma aba para as pessoas não ficarem esperando na rua. "A parte de infraestrutura: o que precisa, o que eles acham que é mais interessante", pontuou.

 "Como nós não temos recurso para tudo, a gente define alguns tópicos", acrescentou.
Já em relação ao segundo pilar, a intenção é ouvir da comunidade o que os usuários entendem do atendimento, o que precisa. Em síntese, a pasta pergunta, por exemplo, como está o atendimento médico, as demandas nesse sentido. Exemplificou que há quem apresente como demanda a vontade de contar com especialistas nos postos. "Na verdade, nós não temos que ter, porque, na Atenção Básica, não tem especialidade. Nós temos a especialidade no PAM, e as pessoas ainda têm dúvidas: 'Ah, mas antigamente tinha'. Mas hoje não é responsabilidade da Atenção Básica ter um médico especialista. Então, a gente está tratando isso também. Alguns lugares têm ginecologista, outros têm pediatra... Então, nós vamos ouvir a população para depois a gente fazer um plano de ação", sustentou.

 
A ideia é que por meio desse plano de ação resultante a pasta possa atender a comunidade. "Mas o mais importante é estabelecer a comunicação, poder escutar quais as demandas, o que aquele bairro está precisando. "Esse diagnóstico nós vamos ter dentro do governo e, aí, todas as nossas ações serão baseadas nesse diagnóstico e nós vamos atender", reiterou.
A previsão é que todos os sábados ocorra essa mobilização em um posto da cidade. 

"No Floresta, foi maravilhoso, no sábado. Tinha mais de 100 pessoas - a comunidade participando. A gente entra às 14h, faz uma apresentação da secretaria, sobre os investimentos, e depois a gente abre para a comunidade para questionamentos e fecha com encaminhamentos. Foi muito positivo", comemorou, ao enfatizar que a partir do diagnóstico resultante dessa mobilização que teve início será possível tomar as decisões certas.