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Região é destaque no Festival de Cinema de Gramado

Divulgação FS imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Peças artesanais foram expostas em Gramado

Peças artesanais confeccionadas por artesãs da região foram expostas, ontem, na maior vitrine do cinema nacional, o Festival de Gramado. Os visitantes puderam apreciar produtos do Pampa, como artesanato e moda em lã das artesãs dos municípios de Bagé, Candiota, Caçava do Sul e Piratini. O material ficou em evidência no espaço chamado Caminhos da Cidadania.

A exposição mostrou a importância dos povos e comunidades tradicionais que habitam o bioma Pampa e que desempenham um importante papel na preservação destes usos e costumes. A mostra destacou a riqueza do conjunto de culturas por meio de arte e artesanato. Mulheres artesãs da pecuária familiar demonstraram suas habilidades com a lã, o artesanato indígena, artesanato quilombola, representando a diversidade e a riqueza cultural desses grupos.

Em entrevista para a Câmara Municipal de Gramado, o coordenador do Comitê dos Povos e Comunidades Tradicionais do Pampa, Fernando Aristimunho, ressaltou a representação da mostra. “O Comitê dos Povos e Comunidades Tradicionais do Pampa é uma manifestação política organizada, que busca a visibilidade do bioma, a defesa de seus direitos e a promoção da conscientização sobre sua importância” disse.

De acordo com a reportagem da Câmara, o bioma Pampa é a morada de oito grupos distintos: indígenas, quilombolas, familiares pecuaristas, ciganos, pomeranos, povo de terreiro, pescadores e pescadoras, benzedeiras e benzedores. Esses povos não apenas vivem no Pampa, mas também se dedicam à sua proteção e sustentabilidade, ou seja, permanecem como guardiões do ecossistema.

Integrante da Associação para Grandeza e União das Palmas (AgrUPA), Márcia Colares, relatou que a mostra foi bem prestigiada.

Sobreviventes do Pampa
Um ônibus com participantes do documentário Sobreviventes do Pampa partiu de Alegrete e passou por Bagé, rumo a Gramado. O grupo assistiu, ontem, a exibição do material, com duração de duas horas. Isso no Palácio dos Festivais.

Depois, houve um debate sobre o tema. "Gostei do documentário: uma abordagem bem real e crua das diversas ameaças que rondam o Pampa. Foram ouvidas pessoas dos municípios de Alegrete, Santana do Livramento, Barra do Ribeiro, Rosário do Sul, Bagé (Distrito de Palmas) e Dom Pedrito”, comentou Márcia. Segundo ela, é um ultimato pela salvação do Pampa.

A bageense relatou que essas diversas vozes que se manifestaram - comunidades indígenas, quilombolas e pecuaristas familiares - todas têm em comum a ciência de que se não houver ação na defesa do Pampa ele será destruído. “Cada comunidade descreveu as ameaças, como a monocultura, a mineração, a escassez de água - todos fatores que agridem o Pampa”, complementou.

Márcia e a presidente da AgrUPA, Vera Colares, falaram sobre a defesa do território do Camaquã contra o avanço da mineração, das hidrelétricas, que visam a água. “'Eles querem nossa água' - essa frase está no documentário”, disse Marcia.

Além disso, as duas falaram que o suposto desenvolvimento trazido por esses empreendimentos não leva em conta os danos causados e o impacto sobre a saúde pública. De acordo com o relato das duas, a mineração é praticamente isenta de impostos. "Não deixa nada, apenas esgota recursos, a saúde e a economia sustentável", pontuou.

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