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Centenário

Rádio completa 100 anos no Brasil repleto de mudanças

Thaís Nunes imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Muza acompanha transformações há mais de seis décadas


No dia 7 de setembro, além da Independência do Brasil, também é celebrada a data da primeira transmissão radiofônica no país. Em 2022 o evento completa 100 anos e marca a história de um meio de comunicação que atravessa gerações se reinventando.

Boa parte deste período foi acompanhada pelo radialista e colunista do jornal Folha do Sul, Edgar Muza, que neste ano, mais precisamente no dia 18 de dezembro, completa 64 anos de rádio. Para a reportagem, Muza falou sobre eventos marcantes transmitidos pelo rádio, as transformações enfrentadas e o que deve vir pela frente.

Ao longo de mais de seis décadas, Muza já ouviu e transmitiu muita coisa. Ele já esteve em eliminatórias da Copa do Mundo, jogos internacionais, Libertadores - apenas para citar alguns exemplos de onde o rádio já o levou. Mas os que guarda no coração são aqueles vividos aqui mesmo, como quando precisava ligar os equipamentos a uma linha de transmissão com um arame farpado.

Histórias como essa demonstram para as gerações mais novas como eram os bastidores das transmissões, que dependiam dos esforços de toda a equipe para entrar no ar.

Os anos se passaram e sempre que surgiu algum meio de comunicações novo os mais pessimistas decretavam a morte do rádio. Isso aconteceu quando surgiu a televisão. Posteriormente, com a popularização da internet. Apesar disso, Muza não tem dúvidas ao afirmar que o rádio não vai acabar. "Só acaba quando acabarem com o AM, a FM não pegar e a internet também", afirmou.

Muza acredita que o rádio é um meio de comunicação que consegue se adaptar facilmente às tecnologias. Ele próprio vive isso. Criador da radioweb Visão Geral - nome em alusão ao seu tradicional programa e coluna no jornal - o radialista transmite as ondas da sua rádio exclusivamente pela internet. Com quase seis mil acessos, ele garante que o rádio sempre terá público. "O rádio é igual o jornal impresso. Pode se transformar, mas não vai acabar de um tudo. É um hábito ouvir o rádio, folhear o jornal. Sempre vai ter gente para isso", garantiu.

História

O rádio nasceu no Brasil, oficialmente, em 7 de setembro de 1922, nas comemorações do centenário da Independência do país, com a transmissão, à distancia e sem fios, da fala do presidente Epitácio Pessoa na inauguração da radiotelefonia brasileira. Roquette Pinto, um médico que pesquisava a radioeletricidade para fins fisiológicos, acompanhava tudo e, entusiasmado com as transmissões, convenceu a Academia Brasileira de Ciências a patrocinar a criação da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, que viria a ser a PRA-2. A rádio só começou a operar, no entanto, em 30 de abril de 1923, com um transmissor doado pela Casa Pekan, de Buenos Aires, instalado na Escola Politécnica, na então capital federal.


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