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Estiagem

Prefeitos não descartam decretos de emergência ou calamidade

Divulgação imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Gado sofre com falta de pastagens


Todos anos neste período a situação se repete. Os municípios gaúchos enfrentam a estiagem que castiga as lavouras, os animais e as pessoas. Um dos setores mais afetados é a bacia leiteira - principal fonte de economia do município de Aceguá. Há poucos dias, Hulha Negra decretou racionamento de água. Em Candiota, um caminhão pipa já está auxiliando no abastecimento.

A reportagem conversou com os prefeitos da região para saber como os municípios estão trabalhando para tentar amenizar os efeitos da seca.

" Está feia a coisa"

O prefeito de Lavras do Sul, Sávio Prestes (PDT) contou que fez contato com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, João Rui, e que ele falou que "está feia a coisa". O chefe do executivo informou que na próxima segunda-feira irá participar de uma reunião. Ele não sabe, ainda, se irá decretar situação de emergência ou de calamidade pública. "Temos conhecimento que a Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) e a Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag) estão se mobilizando para sensibilizar a secretária de Agricultura do Estado, Silvana Covatti, e a ministra da Agricultura, Teresa Cristina, para buscar recursos ou algo que amenize a situação", disse.

"Não está fácil"

O prefeito de Hulha Negra, Renato Machado (PP), disse que a cidade enfrenta um problema muito sério no racionamento de água para o consumo humano. "Estamos enfrentando muitas dificuldades com relação a água, mas estamos nos virando", falou.

De acordo com o progressista, em relação a estiagem, o município está fazendo todo um levantamento junto com a Emater. "Mas posso adiantar que estamos tomando todas atitudes porque não está fácil", pontuou.

Perda na soja

Em Aceguá, o prefeito Marcus Vinicius Godoy de Aguiar (PSDB) comentou que os prejuízos certamente estão acontecendo, mas que ainda terão que ser computados. Segundo ele, está sendo feito contato com com algumas instituições para ver o abalo na questão da economia. "Com certeza deve ter perda, principalmente na soja", salientou.

Godoy também mencionou que outro setor que está enfrentando muita dificuldade é a bacia leiteira. Porém, disse que ainda não recebeu nenhuma informação da Cooperativa Mista Aceguá (Camal), que é quem repassa esses dados.

O gestor informou que hoje prefeitos que integram o Consórcio Público Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental dos Municípios da Bacia do Rio Jaguarão (Cideja) irão se reunir e um dos assuntos em pauta é a estiagem.

Animais sem pastagens

"Nós estamos estudando a possibilidade de emitir, ainda hoje, um decreto de situação de emergência", adiantou o prefeito de Candiota, Luiz Carlos Folador (MDB). Ele contou que o município teve que alugar um caminhão pipa por R$ 25 mil por mês. Além disso, solicitou ao Exército, o empréstimo de outro caminhão pipa, para abastecer a zona rural. "A prefeitura também está auxiliando uma cooperativa no transporte de silagem para algumas localidades, porque o pasto secou e está faltando comida para os animais", acrescentou.

Folador disse que está buscando recursos para instalar a rede de água na zona urbana.

O secretário de Desenvolvimento Rural de Bagé, João Pedro Finger, informou que até o momento a pasta não recebeu nenhuma demanda nesse aspecto. 

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