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Mercado de trabalho mostra recuperação parcial no RS

Reprodução/Governo do Estado imagem ilustrativa - fireção ilustrativa -

Depois de três trimestres de números negativos, afetado pela pandemia da covid-19, o mercado de trabalho gaúcho reagiu no quarto trimestre de 2020, com recuperação parcial em alguns dos principais indicadores na comparação com o trimestre anterior.

A taxa de desemprego no Estado caiu de 10,3% para 8,4% no quarto trimestre, o que corresponde a uma queda de 98 mil pessoas no número de desempregados. O movimento coincide com a recuperação no período na Taxa de Participação na Força de Trabalho (TPFT), que indica a porcentagem de pessoas em idade de trabalhar (14 anos ou mais) que estão empregadas ou em busca de trabalho, e também no nível de ocupação, que é o percentual de pessoas ocupadas em relação às pessoas em idade de trabalhar.

Os dados da primeira seção do Boletim de Trabalho do Rio Grande do Sul, divulgado nessa quarta-feira (14/4) pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE), vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão (SPGG), mostram que no quarto trimestre do ano passado a TPFT chegou a 58,6%, contra 57,5% do trimestre anterior, e que nível de ocupação passou de 51,5% para 53,7%.

Quando a comparação dos índices apresentados no Boletim de Trabalho é feita com igual período do ano anterior, os patamares ainda ficam desfavoráveis aos verificados no quarto trimestre de 2019. A TPFT registrou queda de 6 pontos percentuais (64,6% para 58,6%), o nível de ocupação passou de 60% para 53,7% e a taxa de desemprego subiu de 7,1% para 8,4%.

De acordo com os dados, as maiores perdas no ano passado ocorreram nas modalidades mais vulneráveis do mercado de trabalho, como os empregados sem carteira no setor privado (-28,3%), trabalhadores domésticos sem carteira (-17,4%), trabalhadores por conta própria sem CNPJ (-11,9%) e os empregadores sem CNPJ (-46,5%).

Quanto ao rendimento das pessoas ocupadas, o valor médio permaneceu praticamente estável entre o quarto trimestre de 2019 e o mesmo período de 2020 (R$ 2 598 contra R$ 2 636). A maior queda percentual nos rendimentos foi registrada para os empregadores sem CNPJ (-26,2%), enquanto a maior variação positiva ficou com os empregados sem carteira do setor privado (+25,7%).

Ao todo, conforme as informações referentes a 2020, atualizadas na edição de janeiro de 2021 do Novo Caged, publicada em março, foram extintos 22,1 mil postos de emprego formal no Estado em 2020, uma redução de 0,9% no estoque de vínculos.

Região

O Boletim de Trabalho do RS também traz dados sobre a evolução do emprego formal em 2020 nas nove Regiões Funcionais (RFs) em que o Rio Grande do Sul é dividido para fins de planejamento. A região que abrange Porto Alegre (RF1), a mais representativa em volume de trabalhadores, foi a responsável pela maior queda percentual (-2,2%), seguida da RF5, que abrange Pelotas e Rio Grande (-0,6%), RF6, da Região da Campanha (-0,5%), RF3, da Serra Gaúcha (-0,4%) e RF8, que inclui Santa Maria (-0,3%). Apresentaram alta a RF9, da região de Passo Fundo e Erechim (+2,3%), RF7, de Ijuí e Santa Rosa (+1,3%), RF4, do Litoral Norte (+0,8%), RF2, dos Vales do Taquari e Rio Pardo (+0,1%).

A reportagem entrou em contato com a agência FGTAS/Sine de Bagé para obter dados mais precisos, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição. 

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