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Debate

Leitores opinam sobre alteração nos horários dos ônibus

Niela Bittencourt imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Lazer e descolamento para o trabalho são prejudicados

Quem circula pelo centro da cidade constata o movimento nas principais paradas de ônibus, sobretudo de segunda a sexta-feira. Nos finais de semana, o movimento é bem intenso no sábado e menor no domingo, mas há demanda em muitos horários, sobretudo quando há atividades culturais nas praças ou em dias que antecedem datas comemorativas. Acontece que, mais uma vez, os horários do transporte coletivo têm motivado uma série de reclamações nas redes sociais - e também nos pontos de ônibus (basta parar em qualquer uma delas para ouvir as queixas) e nos próprios veículos, onde muitos passageiros comentam sobre a dificuldade. Isso porque houve uma redução nos de horários nos finais de semana. 

  

As empresas alegam que o diesel está mais caro e que poucos bageenses utilizam o serviço em alguns horários de sábado e domingo. O Folha do Sul questionou os leitores, nas redes sociais: a internauta Luciane Fagundes definiu a situação como resultado da "falta de respeito com o povo". E argumentou: "Um absurdo o valor da passagem e falam do preço do combustível". Ela ainda opinou sobre as condições dos veículos, ao garantir que muitos estão sucateados.  

  

Eliz Madeira também definiu tudo como uma falta de respeito com a população. "Isso chega a ser um deboche com os que usam o transporte público. Um absurdo o preço da passagem e ainda não tem ônibus para sair aos finais de semana", argumentou. A internauta Cristiane Freitas lembrou que o combustível sobe em todas as cidades e essa redução de horários não ocorre foram daqui. E sustentou que quem está sendo mais prejudicado com isso é o povo mais pobre. Gladismar Machado foi na mesma linha: "Quando o diesel estava mais caro que a gasolina não foi reduzido horário". 

  

Outra leitora, Ana Soares, lembrou que essa redução de horários prejudica a população mais pobre, que gosta de passear aos domingos, nas praças da cidade. Ivete Conde questionou: "E os cinco reais que pagamos não vale nada?". Além do lazer, alguns leitores lembraram que muitos bageenses trabalham aos domingos: "Que falta de respeito com os trabalhadores que precisam de transporte", argumentou Rosane Soares. "E quem trabalha aos domingos, como fica?", questionou Tânia Ouriques. "Quem trabalha faz o que?", também perguntou a leitora Magda Esmerio. Até o fechamento da edição, apenas um leitor havia ponderado: "Os ônibus têm horários que andam vazios mesmo". 

 

Empresas e Prefeitura 

Na segunda-feira, a Prefeitura destacou informações apresentadas na Câmara de Vereadores pelo secretário de Transporte, Rodrigo Fialho, e pelo representante da Stadtbus, André Oliveira, e da Anversa, Mardônio Martins. Segundo nota do Executivo, Fialho solicitou a realização de uma audiência pública para discutir a situação do serviço de transporte coletivo na cidade. Já o gerente da Stadtbus relatou que diversos aspectos têm impactado para a manutenção do serviço. “Em 26 de maio, o valor do litro do óleo diesel estava em R$ 4,26, passando para R$ 6,24 atualmente", afirmou, ao lembrar que a quilometragem é a mesma, são 4,5 mil quilômetros por dia. 

  

Na ocasião, ele comentou que um novo aumento no preço do diesel está previsto porque as distribuidoras não conseguem tirar o combustível das refinarias. "Estão segurando o diesel e isso tem impactado na elevação do produto”, falou. E apontou a suspensão em horários no último final de semana como medida emergencial pela falta de diesel adquirida junto às distribuidoras. Já o representante da Anversa - ainda de acordo com nota do município - disse que um dos princípios da tarifa é que ela seja acessível a todos, e que, no ano passado, um estudo apresentado pela empresa Fundatec apontou que o valor tarifário deveria ficar em R$ 5,54, mas que foi entendido que esse preço causaria um impacto maior aos bageenses. Ele ponderou que chegou-se ao preço atual de R$ 5. "Hoje, com atualizações, o valor indicado ficaria em R$ 6,50", argumentou.    

  

Ele também alegou que para ter um custo acessível e baixo a todos em tarifa, o serviço precisa ter um volume de usuários. "As linhas são fixas e precisam ser mantidas, mas o custo necessita da quantidade de passageiros que estão a utilizando. E esse volume que custeia o transporte público tem diminuído muito desde a pandemia. No entanto, do outro lado, os custos se mantiveram elevados e, agora, temos essa suba expressiva no diesel”, alegou. Fialho falou que o governo municipal está há dois meses discutindo com representações de entidades para que o serviço de transporte público seja remodelado.  

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