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Lavagem de dinheiro

Polícia Civil deflagra Operação Irmandade com ação em Bagé

Divulgação imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Essa foi a quarta fase do trabalho

A Polícia Civil, por intermédio da Delegacia de Repressão à Lavagem de Dinheiro do Denarc, coordenada pelo delegado Adriano Nonnenmacher, deflagrou, nessa quarta-feira, 4, a Operação Irmandade, fase IV.

Foram cumpridas 41 medidas cautelares, dentre prisões preventivas, mandados de busca e indisponibilidade de contas bancárias/ativos financeiros. Três indivíduos foram presos, dois preventivamente, em Alvorada e Caxias do Sul, lideranças financeiras e logísticas dessa célula da organização, bem como um indivíduo com armas em Ijuí/RS. Documentos, armas de fogo e mídias também foram apreendidos.

Oitenta policiais participaram nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, com apoio do Departamento de Polícia do Interior, por meio de suas DRACOs/DPs locais, bem como do Denarc/PR, DEIC/SC e Polícia Penal gaúcha. As cidades/regiões abrangidas são Porto Alegre, Esteio, São Leopoldo, Alvorada, Charqueadas, Imbé, Caxias do Sul, Bagé, Ijuí, Santo Ângelo, Erechim, Viadutos, Dois Lajeados, Palhoça/SC e Cascavel/PR.

Nesta quarta fase, um novo escalão de operadores financeiros, no âmbito da Operação Irmandade, movimentou no sistema financeiro a quantia de mais de R$ 6 milhões - R$ 6.841.035,38-, utilizando-se de várias tipologias de burlas ao controle administrativo, como estruturação, pulverização e smurfings.

Nesta fase, um casal de Porto Alegre/Alvorada, diretamente ligado às lideranças, sendo ele objeto de prisão preventiva, seria responsável por receber e gerenciar valores milionários de várias regiões do interior do Estado gaúcho, Santa Catarina e Paraná, como forma de pagamento pela distribuição de entorpecentes, tentando mascarar tais valores mediante informações falsas às instituições bancárias.

O modus operandi, nas quatro fases, além de dissimulações no sistema financeiro, incluía ocultação de bens imóveis, veículos de luxo em nome de laranjas, retirada de ativos apreendidos em delegacias mediante fraude, cadeia de procurações dissimuladas, contratos ideologicamente falsos, dentre outras condutas sofisticadas de lavagem de capitais.

Nas fases 1 a 3 da Operação, entre maio de 2021 e fevereiro de 2024, que se estenderam por cinco Estados (RS, SC, PR, BA, PA), foram indiciadas 47 pessoas e presos preventivamente os líderes e gerentes, considerados de alto escalão do crime organizado gaúcho: Sinos e Porto Alegre, associados a uma organização criminosa de âmbito nacional.

Um dos gerentes financeiros e logísticos, foragido desde a fase 1, indivíduo de São Leopoldo/RS, foi capturado em 2023 na cidade de Fortaleza/CE, decorrente de prisão desta Operação, pela 2ª DIN DENARC.

Na fase 3, em dezembro de 2023, foi alvo de mandado de busca, na cidade de São Leopoldo, bairro Vicentina (não encontrado em sua residência à época), um assaltante a banco que integrava uma perigosa quadrilha do início dos anos 2000.

Outro alvo do dia de hoje, fase IV, morador da serra, também já foi indiciado por envolvimento em roubos a bancos, sendo que tais fatos demonstram uma estreita ligação entre essas células das fases III e IV, com narcotraficantes.

Também está sendo cumprida prisão preventiva de grande operador financeiro e logístico em Caxias do Sul, recentemente preso em flagrante com drogas e armas pela DRACO Caxias do Sul.

Outro alvo de mandado de busca e bloqueio de contas bancárias hoje é um indivíduo paranaense, com condenação por tráfico interestadual de drogas, entre os estados do RS e MG, suspeito de transacionar ativos em ocultação, com os gerentes da célula gaúcha.

Nas quatro fases da Operação, foram implementadas e cumpridas mais de 450 medidas cautelares investigativas e de restrição, dentre afastamentos de sigilos bancários, fiscais, financeiros (por duas vezes), telemáticos, mandados de busca, prisões preventivas, sequestro/indisponibilidade de bens móveis e imóveis no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, em cerca de R$ 10,5 milhões.

O total movimentado pelos alvos nas quatro fases, no sistema financeiro, ultrapassa R$ 30 milhões.

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