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Estado quer "selo pet friendly" para fomentar turismo e comércio

Reprodução FS imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Muitos só viajam com seus bichinhos

O governo do Estado anunciou que estuda criar um selo pet friendly para fomentar o turismo e contemplar os "pais de pets", já que, atualmente, muitos tutores de animais de estimação preferem hotéis e aqueles espaços comerciais, como lojas, mercados, lancheiras e cafeterias, que aceitam que os clientes estejam em companhia dos bichinhos.

O selo será concedido para aqueles estabelecimentos comerciais que respeitarem regras relacionadas ao bem-estar dos animais domésticos. É claro que tais regras ainda serão definidas. O estudo já está em andamento, de acordo com o Piratini, e considera a opinião de especialistas, empresários, representantes do turismo e também de entidades.

Para a Zero Hora, o secretário-adjunto da Secretaria de Turismo, Luiz Fernando Rodriguez, garantiu, contudo, que as regras definidas para a obtenção do certificado serão básicas. No caso dos hotéis, por exemplo, ainda será necessário levar em consideração aqueles hóspedes que não estão com seus animais, para que eles não se sintam incomodados.

A reportagem questionou a opinião do presidente da Associação Comercial e Industrial de Bagé, a Aciba, Eduardo Soares, e também quais, em sua avaliação, são os principais desafios para que isso seja colocado em prática, e, ainda, se as empresas em Bagé devem manifestar interesse em aderir a tal novidade. Ele ressalvou que, inicialmente, o projeto do Estado tem como foco os hotéis. E ponderou que apenas a divulgação dos espaços que aceitam animais não deve impactar tanto.

Além disso, mencionou que ainda que seja de conhecimento de todos que muitas pessoas buscam lugares que recebem animais, não há um estudo que mostre que os turistas deixaram de escolher determinados estabelecimentos por eles não serem pet friedly. "Seria importante que houvesse um estudo embasando esse projeto, para que nós entendêssemos a quantidade de pessoas que deixa de ir para determinados lugares em função de não ter uma infraestrutura adequada para receber os animais de estimação", ponderou.

"Não é um projeto que vá aumentar muito o número de turistas na nossa cidade", opinou, ao acrescentar que acredita que existam outros meios que poderiam promover mais o Estado. Isso para que as pessoas tivessem interesse em conhecer as riquezas do Rio Grande do Sul. "Toda a riqueza cultural, histórica, que os municípios do RS possuem", completou. A reportagem também buscou uma opinião da Associação Pampa Gaúcho de Turismo, a Apatur, porém, até o fechamento da edição, não obteve retorno.


Favorável ao novo cenário
Coincidentemente, o coordenador da Vigilância em Saúde de Bagé, Geraldo Gomes, participava, ontem, de uma feira de turismo. Especificamente sobre esse projeto, ele enfatizou: "Hoje, o cenário todo caminha para isso aí. Os hotéis têm que ter um espaço para receber os pets. Não só os hotéis, toda a cadeia - os restaurantes, as lojas. Todos têm que ter os seus espaços para receberem os pets", opinou. "A maioria das pessoas que viaja, sai de casa com os seus pets. A gente vai para a Serra Gaúcha, hoje, para no restaurante e tem local para os animais de estimação, nos shoppings também", justificou.

Gomes garantiu que a Vigilância em Saúde não se opõe a esse tipo de empreitada. "A gente tem que fazer um trabalho conjunto. Acredito que o caminho é esse: todo o local e os hotéis têm que oferecer sim um espaço. Para que os hóspedes possam sair, veranear e ter um espaço para descansar em segurança com os seus pets", completou.

Experiência que deu certo
Há mais de um ano, a rede Supermercados Nicolini disponibiliza aos seus clientes carrinhos adaptados para que eles possam fazer suas compras acompanhados dos seus bichinhos. O diretor de relacionamentos da empresa, Selmo Dias, garantiu que "os clientes gostam muito e pedem mais unidades nas lojas". Atualmente, há carrinhos pet friendly apenas naquelas lojas maiores da rede, como no Atacadaço. "Colocamos nas lojas maiores devido ao espaço necessário para que eles circulem com tranquilidade, mas gostaríamos de disponibilizar em todas", enfatizou.

Vale mencionar que desde antes da disponibilização dos carrinhos, nos mercados, já era permitido o acesso de animais de estimação, desde que os bichinhos fossem carregados no colo, respeitando exigência sanitária. Quando o Folha anunciou a iniciativa, no ano passado, Dias garantiu que a rede vinha recebendo muitas manifestações favoráveis. Há carrinhos no Atacadaço e também nos mercados da Monsenhor Costábile Hipólito e do bairro São Judas.

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