A 13ª Coordenadoria Regional de Educação entrega 1 115 chromebooks às escolas estaduais de sua abrangência. O investimento de R$ 165 milhões do Governo do Estado contemplou ao total 2 376 escolas com 90 mil unidades. A titular da 13ª CRE, Miriele Barbosa Rodrigues, informa que as instituições já haviam recebido, na primeira leva, 870 chromebooks. Com a distribuição da segunda leva, todas as 57 escolas da região foram atingidas, sendo destinados 30 chromebooks para cada.

Miriele ressalta que os equipamentos auxiliam no trabalho pedagógico e desenvolvimento cognitivo dos alunos. "Para além da pandemia, quando houve defasagem na aprendizagem, os estudantes passaram a utilizar ainda mais as tecnologias e isto não pode se perder" enfatiza. Além disso, as secretarias das instituições estão recebendo computadores novos.

Vale mencionar que tal reforço à Educação ocorre em um contexto de constatação de defasagem na aprendizagem. Acontece que uma avaliação diagnóstica - aplicada para alunos do quinto ano do Ensino Fundamental e do terceiro ano do Ensino Médio da rede estadual de ensino, em março deste ano, teve resultados preocupantes: a informação é que 27% dos alunos do quinto ano estão abaixo do básico quando conhecimentos em língua portuguesa são considerados. Em matemática, 43% dos estudantes do quinto ano estão na mesma situação. Já 80% dos alunos do nono ano estão abaixo do básico e, no terceiro ano do Ensino Médio, o percentual sobe para 92%. Inclusive, em tal ano, conhecimentos considerados como "adequados" e "avançados" não atingiram 4%.

Em recente reportagem, a coordenadora falou sobre tal tema e afirmou que existe sim uma defasagem decorrente da pandemia, mesmo que, no período, tenha ocorrido aulas por uma plataforma e tenha sido disponibilizado material impresso nas escolas. "A falta de presencialidade dentro da escola atrapalhou bastante e isso ficou evidente nessa avaliação", ponderou, na ocasião, ao esclarecer que a equipe já estava "trabalhando arduamente para recuperar essa aprendizagem". Ela sustentou que, na regional, houve destaques positivos também, e que a grande maioria dos estudantes não está em um nível abaixo do básico.

A coordenadora ainda esclareceu, na ocasião, que, para melhorar os índices, há o programa Aprende mais e já foi aumentada a carga horária de disciplinas como português e matemática. "A gente vem trabalhando cada vez mais para diminuir essa defasagem desde o ano passado", informou. "Aumentamos a carga horária de matemática e português já sabendo desse problema, dessa avaliação, para recuperar essa aprendizagem. As nossas escolas sabem e já estão trabalhando para suprir essa defasagem que ficou da pandemia", enfatizou.