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Entidades ligadas ao comércio avaliam novo piso regional

Niela Bittencourt imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Aciba aponta que percentual acima pode gerar desemprego no setor

O governo do Estado propôs reajuste de 2,73% ao salário mínimo regional. O percentual, que foi protocolado na Assembleia Legislativa gaúcha, está bastante aquém daquele pleiteado pelas entidades sindicais, que é de 13%. Com um reajuste de 2,73%, o piso regional ficaria em R$ 1 270,92. Mas, ao considerar que há cinco faixas salariais, pode variar até R$ 1 610,61. Vale destacar que o percentual proposto pelo Piratini corresponde a 50% da variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor, o INPC, do ano passado.

Para o presidente do Sindicato dos Empregados do Comércio de Bagé, Nilton Machado Martins, o índice proposto é realmente muito baixo. Isso se for levada em consideração a inflação do período ou próprio o índice usado para reajuste de salários. "O INPC do mês de junho foi de 9,22%. Ou seja, não é nem metade disso que ele (o governador Eduardo Leite) está dando", argumentou. "Se a gente pensar em aumento de cesta básica, é ainda pior, porque aumentou para mais de 30%", completou. Para o sindicalista, conceder 2,73% de reajuste, neste momento, é praticamente nada. "É como dar nada. A gente realmente acha que é um índice muito baixo. Não tem cabimento nenhum", enfatizou.

Já o presidente da Associação Comercial e Industrial de Bagé (Aciba), Ricardo Souza, opinou que o governador Eduardo Leite demonstrou sensibilidade neste momento, que é de dificuldade para o empresariado gaúcho. "Estamos atravessando uma pandemia extremamente complicada. As empresas, com todas as dificuldades, estão tentando se manter no mercado através de empréstimos, financiamentos e de todas as vantagens que o governo federal está colocando à disposição delas. Então, um reajuste acima dos patamares de 4% a 5% seria totalmente inviável neste momento", argumentou.

Souza ainda completou que, se imposto um percentual acima, as empresas não teriam condições de absorver, e isso acarretaria em desemprego. "A Aciba acredita que, neste momento, o governador está pensando muito na empregabilidade do povo gaúcho", pontuou. "Interpretamos que não seria o aumento desejado nem mesmo pela classe empresária, porque quanto mais a gente conseguir reajustar o salário, maior é o poder de compra dos nossos trabalhadores. Mas, neste momento, estamos saindo (da pandemia) com dificuldade", sustentou.

O presidente da Aciba mencionou que as dificuldades existem mesmo que haja expectativa de que o segundo semestre será muito melhor, assim como 2022. O cenário vislumbrado por ele é de períodos onde as empresas poderão trabalhar com mais facilidade. "Mas, neste momento, os empresários não teriam condições de pagar um índice maior do que está sendo proposto. Acreditamos que existe muita sensibilidade, muita lucidez no governo do Estado neste momento em que as empresas estão ultrapassando muitas dificuldades", finalizou.

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