Pelotas corre o risco de perder o status de município referência em atendimento na área de Saúde, na Zona Sul e para a região da Campanha. Isso porque os quatro hospitais filantrópicos da cidade (Beneficência Portuguesa, Santa Casa, São Francisco de Paula e Espírita) pretendem fechar leitos, em razão da crise financeira que atinge essas instituições.

 
A Santa Casa de Misericórdia é o hospital que mais acolhe pacientes de Bagé e de municípios da região da Campanha.
A pedido da prefeita de Pelotas, Paula Mascarenhas, as direções dos quatro hospitais decidiram adiar a desativação dos leitos, que estava prevista para o início deste mês. O prejuízo dos hospitais está próximo dos R$ 4 milhões mensais.
Recentemente, Paula Mascarenhas, juntamente com os prefeitos da Azonasul e o presidente da Câmara de Vereadores de Pelotas, César Brisolara, entregou ao ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), Paulo Pimenta, a solicitação para que faça intermediação a fim de construir um plano de ação que evite o possível fechamento de leitos dos hospitais filantrópicos de Pelotas.

 
A comitiva, que esteve na Caravana Federativa promovida pela Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) e pelo governo federal, em Porto Alegre, foi atendida inicialmente pelo secretário de Comunicação Institucional da Secom, Maneco Hassen, o qual explicou os procedimentos necessários para que as solicitações tenham andamento dentro das estruturas federais.

 
Paula expôs a situação dos hospitais e destacou a necessidade emergencial de um subsídio, a fim de evitar o fechamento de leitos e garantir a permanência dos serviços que hoje atendem Pelotas e os demais municípios.

 
Como encaminhamento na busca de soluções para a situação, a comitiva tentará agora uma aproximação com a bancada gaúcha no Congresso Nacional. A iniciativa visa angariar recursos de emenda parlamentar, para que os investimentos possam ser direcionados de forma emergencial para as contas dos hospitais filantrópicos, evitando, assim, o colapso no sistema de Saúde de Pelotas e da região Sul do Estado.

 
Região
O Folha do Sul conversou sobre o problema com a titular da 7ª Coordenadoria Regional de Saúde, Claudia Souza, para saber como ela deve se posicionar diante disso, visto que a região tem Pelotas como umas das referências.

 
Claudia, que recém assumiu o cargo, falou que, na próxima semana, fará contato com lideranças de Pelotas e que a intenção é ajudar a intermediar uma solução para o problema.

 
Ela pontuou que, além de Pelotas, Rio Grande, que é outra referência em atendimento para Bagé e região, enfrenta problemas com a possibilidade de fechamento de leitos da Santa Casa.