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Saúde

Campanha pode alavancar números de doação de órgãos

Divulgação imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Assunto ainda pode ser tabu

Para despertar a atenção do público para a causa da doação de órgãos e tecidos, o governo do Estado lançou, na tarde desta segunda-feira (28/8), no Mirage Circus, em Porto Alegre, a campanha O Amor Vive. A campanha nasceu no meio do picadeiro, lembrando que o maior espetáculo é o da vida. Com cores e luzes vibrantes, o cenário de encantamento e fantasias lançou holofotes sobre uma poderosa mensagem de humanidade. Após este ato, os profissionais que atuam em todo o processo que envolve a doação de órgãos esperam que os números aumentem. 

O vice-governador Gabriel Souza destacou a importância da união dos Poderes em benefício da causa. “Esta é uma pauta de todos nós e, com esta campanha, esperamos que mais gaúchos informem a sua vontade aos seus familiares, garantindo mais uma chance a quem está na fila de espera por um transplante”, afirmou. 

Parceiro e apoiador da ação, Marcos Frota foi designado embaixador da campanha. Em temporada na capital gaúcha, o Mirage Circus ofereceu uma sessão extra e gratuita, na tarde desta segunda, para que a campanha fosse lançada. Com a casa cheia, a tenda do circo ficou pequena para tanto entusiasmo. Entre acrobacias e malabarismos, shows de palhaços e trapezistas, as atrações envolveram a plateia, arrancaram gargalhadas e proporcionaram muita diversão. 

Última doação 

A última doação de órgãos registrada na Rainha da Fronteira aconteceu em 2019 - que, inclusive, foi tema de uma reportagem especial do jornal Folha do Sul -, antes da pandemia de coronavírus. Com a disseminação do vírus, o serviço foi interrompido.  

Por isso, as campanhas de conscientização podem ajudar a aumentar os números. É o que espera Melisa Collares, enfermeira coordenadora da CTI Adulto da Santa Casa de Caridade de Bagé e membro da Comissão Intra Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT). 

 
 

Dados 

O Brasil é referência mundial em transplante de órgãos, já que possui o maior programa público do planeta direcionado às cirurgias, que são gratuitas e garantidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Na outra ponta, porém, está o lado fraco da corda: o número de doadores. Antes da pandemia da covid-19, a cada um milhão de brasileiros, 18 eram doadores. Com a questão do vírus, o índice caiu para 16 pmp (doadores por milhão da população). Isso fez aumentar ainda mais a fila de pessoas que esperam pelo gesto que pode garantir a vida. Em 2019, a fila de espera por órgãos estava em aproximadamente 38 mil pessoas. Hoje, de acordo com a Associação Brasileira de Transplantados (ABTx), o número aumentou cerca de 30%. 

Segundo o Ministério da Saúde, foram realizados 9.235 transplantes de órgãos em 2019. As cirurgias nos dois anos posteriores, no entanto, foram afetadas pela pandemia. Em 2020, foram realizados 7.453 transplantes, e no ano passado, 7.425. 

Segundo dados da Pasta, o Brasil contava com 18,1 pmp (doadores por milhão da população) em 2019 e o número caiu para 15,8 em dezembro de 2020. Isso em uma gama de cerca de 50 potenciais doadores a cada milhão de pessoas. 

Segundo a Aliança Brasileira pela Doação de Órgãos e Tecidos (Adote), o estudo científico mais recente publicado mostrou que o total de transplantados no mundo caiu 16% em consequência da pandemia. O Brasil teve redução de 29%. Segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), o principal motivo do declínio nesse período tem relação com o aumento de 44% na taxa de contraindicação, em virtude do risco de transmissão do coronavírus ou pela dificuldade encontrada para realizar a testagem em alguns momentos durante a pandemia. 

 
 


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