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Estônia

Bageense vive próximo aos horrores da guerra

Divulgação imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Godoi é formado em Relações Exteriores

Distante 12 345 quilômetros da Rainha da Fronteira e com cinco horas de diferença, para mais, o bageense Claudio de Castro Godoi, de 27 anos, conversou com o Folha do Sul, direto da Estônia. Formado em Relações Exteriores, ele está no país báltico há dois meses. Com uma população com pouco mais de dois milhões de habitantes, a Estônia faz divisa com a Rússia e está próxima da Ucrânia.

O país, que pertenceu a União Soviética, hoje faz parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). A Estônia é classificada acima da média quando se trata de segurança on-line. Devido a sua latitude norte, os verões são curtos e os invernos longos e frios. E foi desse país tão próximo ao horror da guerra, que o bageense falou sobre o conflito entre Rússia e Ucrânia.

Ele é casado com uma estoniana. É analista de Comércio Exterior, bacharel pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali), atuante no trade de mercadorias entre blocos econômicos das Américas, Ásia, África e, no momento, no mercado Europeu. "Também empreendo no ramo da Construção Civil aí em Bagé, através da Häx Empreendimentos", disse.

Em relação à guerra, o bageense contou que está piorando a cada dia, com a Federação Russa aumentando a intensidade de ataques, com o objetivo de baixar a moral das forças de defesa e seus cidadãos, a fim de lograr os seus objetivos estratégicos.

O analista mencionou que enxergava a guerra como previsível e inevitável, dados os acontecimentos no decorrer dos oito anos desse conflito, que começou em 2014.

Godoi lembrou que a Estônia é um país membro da Otan e da União Europeia. "Se caso houvesse um ataque direto, estaríamos entrando na terceira guerra mundial, já que existe uma obrigação de todos os países membros da Otan (30) em defenderem a nação membro que estiver sob ataque", pontuou.

Por ser país próximo ao conflito, a reportagem perguntou se é possível ouvir os bombardeios. O bageense respondeu que não, apenas exercícios militares e protestos a favor da Ucrânia.

Vida profissional

No que diz respeito ao frio na Estônia, Godoi falou que é tranquilo e crê que o inverno de Bagé não deixa nada a desejar para o país báltico, devido as diferenças nas construções e sistemas de aquecimento.

Em 2012, o analista se mudou para Pelotas e, desde então, esteve em vários lugares como a Bélgica, incluindo Bagé novamente. Sobre sua rotina, o jovem respondeu que varia muito. "Tenho compromissos no Brasil e aqui. Temos uma diferença de cinco horas, aqui são 15h04min neste momento (ontem, no Brasil eram 10h04min). Trabalho com o objetivo de conciliar as responsabilidades, assim não tenho mais hora fixa para nada", comentou.

Sobre a estadia na Estônia, o bageense disse que foi unir o útil ao agradável e desenvolver contatos no mercado Europeu. Além disso, visitar os sogros e demais familiares da esposa, que moram na Estônia, Rússia e Finlândia. "Estarei por uma temporada aqui e na região, prospectando importadores e exportadores, e também visitando familiares da minha companheira", contou Godoi.


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