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Autonomia e orçamento: o que muda com uma nova secretaria

Reprodução/Facebook imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Cândida Navarro (direita) explicou o que muda na atual coordenadoria

Em breve, Bagé poderá ter uma nova secretaria municipal. A ideia é que seja criada a Secretaria da Mulher. A reportagem do jornal Folha do Sul buscou entender o que de fato muda na prática.

Na última semana o prefeito Divaldo Lara informou que irá submeter à Câmara de Vereadores o indicativo para a criação da Secretaria da Mulher. A expectativa é de que isso ocorra em abril. A partir dessa informação, muitas pessoas questionaram qual a real diferença entre secretaria e o órgão que existe atualmente, que é uma coordenadoria. A principal diferença entre as duas está na autonomia que o órgão passará a ter.

Atualmente existe a Coordenadoria das Políticas para Mulheres, Diversidade e Idoso. Como coordenadoria, os projetos precisam obedecer a uma série de trâmites burocráticos, devido ao status do órgão. Sendo uma secretária, isso passa a ser diferente.

Conforme a titular da Coordenadoria, Cândida Navarro, a diferença crucial entre as duas está na autonomia. Se de fato o órgão se tornar uma secretaria, ele terá uma dotação orçamentária própria, além de diminuir a burocracia. "Podemos planejar e executar ações exclusivas da área da mulher, relacionadas a garantia dos direitos, sem que precise passar por várias assinaturas antes de retornar para a execução", disse Cândida.

Assim, a secretaria passaria a ter um orçamento próprio e estaria ligada diretamente ao gabinete do prefeito. "Nós ganhamos tempo com isso e poderemos focar o orçamento exclusivamente em políticas para a mulher, com campanhas e recursos exclusivos para isso", explicou a coordenadora.

Como coordenadoria, qualquer decisão precisa passar por uma série de trâmites burocráticos, o que muitas vezes atrasa a tomada de ações efetivas. Outro aspecto importante apontado por Cândida é sobre a possibilidade de envolver trabalhos de outras secretarias, como o fomento econômico, saúde, educação, cultura entre outros, todos voltados para o público feminino. "Enquanto secretaria, somos nós que decidiremos que recursos usar, onde usar, como usar, no tempo que for necessário", mencionou.

Sobre os atendimentos, Cândida garante que tudo permanecerá como é atualmente, com um acréscimo de qualidade. Ela conta que já há investimentos na qualificação dos profissionais que atuam no órgão. De acordo com a coordenadora, em cinco anos a Coordenadoria já atingiu a marca de cinco mil atendimentos. "Não muda em relação aos atendimentos, somente a qualidade", garantiu.

Cândida ainda lembrou que já houve uma manifestação em 2019 para que a coordenadoria se tornasse secretaria. Ela mencionou que o movimento teve mais de seis mil assinaturas na época e contou com o apoio dos municípios da Campanha. "A Coordenadoria é polo na região, então os municípios vizinhos são atendidos por nós", ressaltou.


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