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Arvorezinha

Assinada ordem de início da barragem

Reprodução FS imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Ato ocorreu na manhã de ontem, na Prefeitura

O município e o Exército assinaram, ontem, a ordem de início da obra da barragem a Arvorezinha. O prefeito Divaldo Lara, logo no início do ato, destacou que nestes executores todos podem confiar e que a assinatura é de um documento que estipula data de início e término para o empreendimento. "Não é qualquer documento. É o documento em que o contratante, a Prefeitura, e o contratado, o Exercício Brasileiro, executor da obra, estabelecem início, meio e o fim da obra", enfatizou. Estão previstos 48 meses para a execução da barragem da Arvorezinha. Ou seja, quatro anos de trabalhos.

Divaldo lembrou que foi uma conversa com o presidente Jair Bolsonaro, após convite para que o prefeito de Bagé retornasse ao Rio Grande do Sul, após período em Brasília, com ele, no avião, que a barragem ganhou um novo capítulo. Isso porque, do avião, o presidente contatou o Exército, que poucos dias depois já veio para Bagé realizar uma análise preliminar do remanescente da obra. A partir daí, muito trabalho técnico foi necessário, como ponderou o chefe do Executivo. "Há quem ache que é um buraco. Mas são 322 hectares em baixo d'água. Começa na Arvorezinha e vai lá na BR. Está entre as maiores barragens do Rio Grande do Sul", argumentou, ao ponderar sobre o grau de complexidade "de retomada, de impacto ambiental, de supervisão, de gerenciamento".

O prefeito detalhou que, para a obra, são 86 milhões do MDR mais R$ 8,5 milhões de contrapartida da Prefeitura. Mais o convênio com o Exército para compra de máquinas, de dois milhões e 48 mil reais que já estão pagos. Também estão pagos R$ 2,3 milhões para compra de insumos. "Não há o que faça o Exército parar essa obra se não for simplesmente a sua própria vontade, porque o contrato garante a execução plena da obra e o pagamento pela própria Prefeitura", ressalvou Divaldo. A fala faz referência ao convênio, que estipula que a Prefeitura pagará ao Exército. "Se for necessário com recursos próprios", exemplificou, ao enfatizar sobre o compromisso firmado, que se mantém mesmo que, em uma hipótese remota, os recursos não sejam repassados pela União. "A obra não para", assegurou.


Exército detalha ritmo de trabalho

O general da Brigada, comandante da Terceira Brigada de Cavalaria Mecanizada, Carlos Vinícius Teixeira de Vasconcelos, destacou que quem vai realizar a obra é o sistema de engenharia do Exército. E citou que o batalhão responsável está há 710 quilômetros de Bagé. É o Primeiro Batalhão Ferroviário, da cidade de Lages. "O Exército Brasileiro recebeu a missão de construir a barragem da Arvorezinha, que é uma obra muito importante e estratégica para Bagé. Recebida a missão, lógico que vamos cumpri-la nas melhores condições possíveis", sustentou. Ele pontuou que não se trata de uma obra simples, mas sim desafiadora, sobretudo por se tratar de um remanescente de barragem.

O comandante mencionou que executar tal obra de forma precipitada, sem realizar todos os estudos e laudos necessários para garantir a segurança, poderia culminar em problemas como um rompimento. "Carece de uma série de estudos técnicos, laudos e outros estudos para que a gente possa ter a segurança de, ao final, entregar uma obra de qualidade, com segurança, com a chancela do Exército Brasileiro", argumentou. Por fim, sustentou que mesmo que o Primeiro Batalhão Ferroviário seja o responsável pela execução todo o Exercício garantirá apoio para que o trabalho seja realizado da melhor forma possível nos próximos quatro anos até a finalização da barragem.

O tenente-coronel Paulo da Silva Nogueira, comandante do Primeiro Batalhão Ferroviário, destacou a felicidade em executar tal obra pela importância dela para a cidade, mas também pelo fato de que se trata de um grande desafio técnico e logístico, o que motiva o Batalhão. "O Batalhão tem 170 anos de história e é movido a desafios", comentou. "Posso garantir que a tropa está motivada, a Segunda Companhia de Engenharia de Construção, que é o elemento do meu batalhão executor, não via a hora de começar a mobilização. Já chegou a primeira equipe ontem (quinta-feira), que vai começar a receber os insumos. Semana que vem já chega mais gente. Em breve nós teremos o efetivo da Segunda Companhia aqui em Bagé, destacado, trabalhando num regime diferenciado", contextualizou o tenente-coronel.

Nogueira esclareceu: "Somos poucos, mas nós tentamos multiplicar a nossa capacidade de trabalho, trabalhando mais, trabalhando forte". Ele ressalvou que o Batalhão também está envolvido em outro empreendimento de grande porte no Estado, que é a duplicação de um trecho de 51 quilômetros da BR-116. Questionado se o Exército executará 100% da obra, Vasconcelos detalhou que ela é "faseada". São seis fases. "A primeira fase é agora. Não esperem ir lá na semana que vem e ter 60 homens. Isso não vai existir. Existem vários processos administrativos. Uma obra de quatro anos começa com mobilização, com construção do canteiro de obras. Vamos começar, daqui a 15 dias, provavelmente, o início do canal de aproximação e, paralelo a isso, estarão ocorrendo todos os processos licitatórios", explicou.


Haverá serviços terceirizados

"O Exército, com os meios que dispõe, não tem condições de realizar todas as fases da obra. O Exército é o responsável pela obra. Nós vamos começar, nós vamos entregar esse produto pronto, com o nível de qualidade do Exército Brasileiro, como tantas outras obras que a gente construiu no decorrer da história", acrescentou, ao sintetizar que parte, assim, será terceirizada e que os processos licitatórios já estão em andamento. Uma parte sim será efetivamente realizada pelo Batalhão Ferroviário.

Aliás, Nogueira complementou que a divisão tem a ver com a natureza dos serviços técnicos que serão executados. Toda a parte de movimentação de terras, como escavação do canal de descarga, escavação do canal de aproximação e montagem do maciço da barragem, por exemplo, será executada de forma direta pelo Exército. Já aqueles serviços que envolvem a concretagem de grandes volumes serão terceirizados. As atividades na obra da barragem, porém, começam com execução direta ao mesmo tempo que ocorrem as licitações para as próximas etapas que dependem destes serviços especializados. "Apesar da execução indireta, de empresas civis especializadas, a fiscalização técnica é do meu Batalhão", enfatizou.

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