O pagamento da primeira parcela do 13º salário aos beneficiários do INSS começou na quinta-feira, junto com o valor regular do benefício mensal. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou a antecipação do pagamento no dia 4 de maio deste ano. Os primeiros a sacar são os beneficiários que recebem até um salário-mínimo e possuem NIS com final 1. A partir de 1º de junho, aqueles que ganham acima do salário mínimo e possuem NIS com final de inscrição 1 e 6 começarão a receber. Todos os pagamentos serão concluídos até o dia 7 de junho.

O salário mínimo da Previdência Social é de R$ 1 320 desde 1º de maio, enquanto o limite máximo dos benefícios pagos pelo INSS permanece em R$ 7 507,49. O 13º salário é pago aos aposentados, pensionistas por morte e aqueles que receberam auxílio por incapacidade temporária, auxílio-acidente ou auxílio-reclusão neste ano. Beneficiários de programas assistenciais não têm direito ao 13º salário.Vale lembrar que a primeira parcela não é deduzida de impostos; a tributação ocorre somente na segunda parcela. É possível consultar o valor da primeira parcela usando o aplicativo ou o site Meu INSS.

Impacto no comércio ​
A reportagem questionou o presidente da Associação Comercial e Industrial de Bagé, Eduardo Soares, se o pagamento da primeira parcela do décimo terceiro para os beneficiários do INSS e o reajuste do salário mínimo, que vale desde o dia 1º de maio, impactam consideravelmente o setor. Ele garantiu que isso sempre gera um incremento de receita no comércio como um todo. Cabe salientar, porém, segundo o gestor da Aciba, que os aposentados têm uma tendência a direcionar seus recursos para a moradia, alimentação e saúde - que envolve a parte de medicamentos e também planos de saúde. Ele enfatizou que esses pagamentos são sempre salutares porque, de uma forma geral, aquecem alguns segmentos. "Isso também indiretamente gera um fluxo para as outras áreas", argumentou.

Soares também foi questionado sobre se tais montantes devem ser direcionados por essa parcela da população para o pagamento de dívidas, levando em consideração a alta taxa de endividamente em todo o país e também em Bagé. "Com certeza o endividamento preocupa porque o próprio Rio Grande do Sul está aí com 92% de grau de endividamento. Ou seja, também tem uma parcela dessas pessoas que aproveitam essa antecipação para quitar os seus débitos até para que possam também continuar comprando ainda em crediário, que é fornecido por alguns segmentos, inclusive o da saúde", argumentou. "Acredito que uma boa parcela vai também quitar justamente para que consiga obter crédito novamente para realizar essas compras", reiterou.