Dentro das comemorações do aniversário de 212 anos de Bagé, foi lançado, ontem, o Projeto Cemitério Memória Viva. O curador e produtor cultural Nilo Romero explicou que a iniciativa "nasceu porque se viu a necessidade de resgatar a história das personalidades que estão sepultadas" no cemitério da Santa Casa. Romero disse que o projeto foi levado ao conhecimento da direção da Santa Casa de Caridade, que o aceitou na hora: ele revelou, ainda, que pretende levar tal proposta para o Uruguai e também para o Chile.

Com a presença de vereadores e convidados, o projeto foi lançado em uma Sessão Solene da Câmara de Vereadores, que teve início em frente ao jazigo onde estão os restos mortais do Visconde de Ribeiro Magalhães. Nilo Romero é tataraneto do visconde, e representou a família. Ele e o diretor do cemitério da Santa Casa, Adriano da Cruz, plantaram um pé de oliveira ao lado do jazigo. Romero fez um breve relato da vida do visconde, desde a chegada em Bagé, o casamento, a criação da Vila de Santa Thereza até a morte.

Após, os vereadores foram até onde está sepultado Pedro Rodrigues de Borba, que foi o primeiro presidente da Câmara de Vereadores. No local, foi descerrada uma placa e colocada uma coroa de flores. O atual presidente, Rodrigo Ferraz, disse que não tem conhecimento de que a Câmara de Vereadores tenha realizado uma Sessão Solene no interior do cemitério, e que é uma grande alegria, no dia do aniversário da Rainha da Fronteira, o legislativo prestar uma homenagem ao seu primeiro presidente.

Depois do encerramento da sessão, Romero, acompanhado de autoridades, fez um tour pelo interior do cemitério: alguns túmulos foram visitados enquanto um pouco da história de cada um dos que estão sepultados neles. Romero também falou sobre algumas personalidades que deram seus nomes às ruas da cidade.