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Ucrânia

Amor pelos animais: uma lição para o mundo

Reprodução/FS imagem ilustrativa - fireção ilustrativa -

Todos os dias surgem diversos relatos sobre a guerra na Ucrânia. Mas alguns deles tem chamado a atenção do público, em especial. Eles tratam sobre a situação dos animais de estimação no país. São inúmeras reportagens retratando histórias de pessoas que andaram quilômetros para abandonar o território ucraniano, sem deixar os pets para trás. E quem já morou lá garante: eles amam muito os animais.

Para entender a questão cultural envolvida nesses relatos, o jornal Folha do Sul ouviu Susana Stepaniuk, que morou 11 anos no país como missionária da Igreja Batista Brasileira. Ela conta que em mais de uma década morando na Ucrânia nunca viu alguma situação de abandono. "Não vi casos de abandono quando morei lá. Eles não abandonam", contou para a reportagem.

Susana disse que grande parte da população ucraniana possui animais de estimação, demonstrando que o povo realmente tem uma grande estima pelos bichinhos. "É difícil chegar em uma casa que não tenha gato ou cachorro", relembrou.

Sobre as condições, ela mencionou que muitos moram em apartamentos. Por isso, os ucranianos são muito atentos com as vacinas e a saúde dos pets. "Eles cuidam muito bem.

Com relação as cenas vistas na imprensa, de pessoas carregando os animais por longas distâncias para salvá-los da guerra. "Realmente é impressionante o amor e o cuidado que eles têm pelos seus bichinhos", relatou.

Ao ser questionada se existem animais em situação de rua pelo país, Susana afirma que sim, mas que são poucos. "Não lembro de ter visto muitos animais na rua, não", afirmou.

Situação bem diferente do que acontece no Brasil, sobretudo em Bagé. Há poucos dias a reportagem do jornal Folha do Sul ouviu as responsáveis pelas duas instituições de cuidado animal na cidade - Núcleo Bageense de Proteção aos Animais (NBPA) e Coordenadoria do Bem Estar Animal (CBEA). Ambos os órgãos relataram a mesma situação: é crescente o número de animais abandonados em Bagé.

A cada dia os voluntários encontram mais animais pelas ruas da cidade. Uma das principais justificativas ouvidas por quem os resgata é que os donos dos bichinhos precisam mudar de endereço e não têm como levá-los.

Um dos casos mais emblemáticos ocorridos no país que está em plena guerra é o de um cachorro já idoso que foi levado por cerca de 17 quilômetros nos ombros até a fronteira polonesa. 'Lembrem dessa imagem quando alguém disser que o cachorro ficou velho demais e quer se 'desfazer' dele, que o cachorro cresceu demais, que os pelos do gato causam alergia, que vai se mudar e não tem como levar o cachorro. Essa é para todos vocês, donos das desculpas mais esfarrapadas possíveis", disse uma das atuantes da causa animal no município através das redes sociais.

Enquanto isso, organizações se mobilizam para arrecadar ração e medicamentos para abrigos e zoológicos ucranianos, além de prestar apoio na retirada de animais das zonas de conflito.


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