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Avaliação

'Foi um ano que a advocacia foi ouvida'

Luciano Madeira imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Márcia falou dos desafios "pós-pandemia"

Na série de avaliação do ano, desta quinta-feira, a entrevistada é a presidente da Subseção da OAB de Bagé, Márcia Rochinhas. A advogada pontuou que 2022 foi um ano de bastante trabalho para a advocacia, com o retorno das atividades presenciais, o que, segundo ela, fez uma grande diferença. "Precisamos retornar com força total", frisou.

Primeira mulher a assumir a presidência da subseção, a advogada enfatizou que existia uma grande expectativa, porém comentou que a classe já conhecia seu trabalho, pelo fato de que já atuava nas comissões. A profissional salientou que recebeu um voto de confiança - com 86% da votação, o que para ela significa o apoio da classe.

De acordo com a presidente, o ano que está chegando ao fim demandou muitas conversas, diálogo e visitas. A gestão começou com a primeira conferência da advocacia, que ocorreu em março. Segundo ela, foi um ano para ouvir. E a partir dessa conferência foram tiradas as demandas da classe e levadas ao Judiciário, INSS e às delegacias de polícia. "Foi um ano que a advocacia foi ouvida", pontuou.

Nessa linha, Márcia afirmou que a gestão não parou nunca no sentido de proporcionar uma canal aberto. "Sempre pensamos trabalhar dessa maneira - nenhum colega ficou sem resposta. Esse diálogo vai ser mantido em toda nossa gestão", assegurou.

Vitória crucial

Um dos trabalhos que mereceu destaque da presidência foi a mobilização da classe para manter a competência previdenciária em Bagé. Márcia enfatizou que esse foi um trabalho incansável com inúmeras reuniões em Porto Alegre e uma audiência inédita em Bagé. "Foi uma grande vitória da advocacia. Se perdêssemos, todas as demandas dos segurados que tivessem cunho previdenciário teriam que ir para Santana do Livramento, os processos em trâmites redistribuídos em outras comarcas", explicou. E acrescentou que essa luta foi uma tarefa de muitas mãos.

Outra conquista mencionada foi a implantação da 4ª Vara Civil em Bagé, prevista para março do ano que vem.

Um assassinato

Um dos momentos tristes enfrentados pela classe foi o assassinato de um advogada, que foi morta por tentar defender outra mulher que estava sendo agredida pelo companheiro. Márcia Rochinhas enfatizou que a OAB sempre levantou a bandeira sobre a importância de falar sobre a violência contra a mulher. Ela mencionou que foi lançada a Campanha do Bem Querer, que virou lei municipal. Essa iniciativa obriga estabelecimentos comerciais e órgãos públicos de Bagé a fixar cartaz com o disque denúncia - fala de proteção a mulher. A advogada complementa que é necessário conversar sobre a violência contra a mulher.

Democracia

Perguntada sobre o que espera do novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a presidente da OAB repondeu que a ordem tem como premissa a defesa do Estado democrático de direito. "Somos vigilantes pela democracia, pelos preceitos constitucionais - estamos vendo uma grande polarização, mas nós precisamos entender que as eleições são indispensáveis para o sistema democrático e isso vamos sempre defender. Que venha tudo pelo melhor pelo Brasil ", disse.

Parlatório

Um dos projetos da gestão que não foi concretizado este ano é o parlatório no Presídio Regional de Bagé. É uma sala adequada para os advogados atenderem os detentos. De acordo com a presidente da OAB, é necessária mão de obra prisional para executar esse serviço. A meta é que essa obra seja concluída ano que vem.

Na mensagem final, a advogada mencionou o trabalho das comissões com eventos abertos ao público e desejou que 2023 seja um ano de renovação e esperança.


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