O Estado tem 85% dos municípios infestados pelo aedes aegypti, o mosquito da dengue, e contabiliza mais de uma dezena de mortes decorrentes da doença, além de uma baixa e média cobertura vacinal para a febre amarela em 390 municípios - o mosquito também transmite essa doença, assim como chikungunya e zika vírus. Bagé está entre os municípios infestados e o alerta da Vigilância em Saúde é para que a população colabore e receba os agentes de combate ao mosquito.

O coordenador da Vigilância em Saúde, Geraldo Gomes, explicou que, em decorrência da pandemia de coronavírus, a visitação foi prejudicada. Chegou a ser suspensa durante um período, mas foi retomada devido a importância do trabalho, que não para, segundo ele, nem mesmo no inverno. As visitas têm ocorrido, inclusive aos domingos. Gomes esclareceu que há quem se queixe disso, mas esse é o dia que os agentes possivelmente encontrarão em casa aqueles que não os receberam durante uma ou duas visitas em dias úteis. 

O coordenador pediu que a população colabore com o trabalho, que busca educar os cidadãos a não facilitarem para o mosquito. Ou seja, o objetivo é sempre eliminar possíveis criatórios (objetos que podem acumular água parada e limpa) e concientizar os moradores do que fazer para evitar esses locais tão propícios para a proliferação dos mosquitos da dengue.

Vale mencionar que, além das visitas às residências, os agentes também monitoram quinzenalmente pontos estratégicos, como cemitérios e borracharias. É importante mencionar que as regiões com o maior número de focos são a região central e também o bairro Getúlio Vargas, mas o coordenador enfatizou que Bagé é sim um município considerado infestado pelo mosquito da dengue. Ele alertou que a doença está no Estado e que tem ocorrido mortes, assim, o foco é a prevenção. "Temos que evitar que a doença chegue ao nosso município", disse, ao pontuar que é preciso estar alerta nestes dias de chuva, que costumam ser seguidos de um pequeno calor, condição bastante favorável ao mosquito.