O pronunciamento mais esperado nessa quinta-feira era do governador de São Paulo João Doria (PSDB). Durante o dia surgiram boatos de que ele iria desistir da disputa a presidência da República. Com todos os veículos de comunicação do país falando sobre o assunto, durante a tarde, o presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, publicou nota garantindo que Doria era o candidato do partido na disputa ao Palácio do Planalto.

Quando passavam das 16h30min, num longo discurso com direito a lágrimas, em frente a uma plateia de apoiadores, lideranças políticas e familiares, Doria fez um balanço do seu governo em São Paulo e só no final anunciou que segue como pré-candidato a presidente da República.

Agora resta saber qual de fato será o papel de Eduardo Leite (PSDB), que renunciou ao cargo de governador. Ou ele irá se dedicar a campanha de Doria ou concorrer a algum cargo.

No último dia como governador, Eduardo Leite anunciou obras em Santa Maria e encerrou a agenda como mandatário em sua terra natal, Pelotas.

No final do dia, em Porto Alegre, passou o cargo para Ranolfo Vieira Junior, que irá comandar o Estado até dezembro.

Moro joga a tolha

A outra notícia do dia foi a saída de Sergio Moro do Podemos, partido ao qual ele se filiou há pouco, e sua ida para o União Brasil (junção do Dem e do PSL). O fato foi noticiado pela imprensa nacional desde cedo. Durante a tarde, por meio das redes sociais, Moro publicou uma nota oficial comunicando que tinha aceitado o convite do presidente nacional do União Brasil, Luciano Bivar, para se filiar ao partido. Ele justificou que isso facilita as negociações das forças políticas de centro democrático em uma busca de uma candidatura única para a presidência. E comunicou que abriu mão, nesse momento, da pré-candidatura a presidente da República. "Serei um soldado da democracia para recuperar o sonho de um Brasil melhor", escreveu.