O partido Novo deverá ter um candidato a deputado estadual de Bagé. É um jovem advogado, mas por enquanto o nome não é revelado, porque o Novo tem todo um processo diferente dos demais partidos para escolha de candidaturas. O postulante passa por uma espécie de prova para ser o escolhido.

Na quinta-feira, o deputado estadual, Fábio Osterman (Novo) esteve em Bagé. Na conversa com a reportagem, o parlamentar estava acompanhado do futuro pré-candidato.

Osterman, junto com o companheiro de partido, o deputado estadual, Giuseppe Riesgo se diferenciam na prática política, na Assembleia Legislativa. A redução das despesas é uma das bandeiras dos parlamentares, que rejeitaram o reajuste ao magistério e para outros servidores públicos. Eles mantêm equipes enxutas, com menor número ao que os deputados têm direito. Além disso, não utilizam diárias e passagens com dinheiro público.

Sobre a rejeição a reajuste de servidores, o deputado argumenta que não e contra, porém frisa que esse não é momento devido à crise financeira provocada pela pandemia. Segundo ele, reajustar salários, nesse momento é ignorar o impacto fiscal no bolso da população.

Sobre medidas populistas, Osteman salienta que políticos focam em boas intenções e ignoram a primazia da realidade. "O Novo foi formado para defender ideias impopulares, porém corretas", pontua o parlamentar. E acrescenta que essa é missão histórica pela qual os deputados são incumbidos, e a Assembleia Legislativa não pode fugir disso.

De acordo com o parlamentar, os deputados do Novo combatem privilégios e a corrupção e defendem as reformas.

"Uma tragédia"

Ao ser perguntado como avalia a polarização entre o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para eleição de outubro, Osterman responde. "Uma tragédia". Segundo ele, a polarização é um fraco e demonstra a falta de lideranças qualificadas.

O novo vai disputar a presidência da República, com o empresário e cientista político, Luiz Felipe d'Avila. A meta é romper com o populismo de direita e de esquerda. Osterman enfatiza que, d'Avila vai ajudar a esclarecer as ideias ao mostrar que direita e esquerda tem muito em comum como o populismo e o paternalismo.

Para a Assembleia Legislativa, o Novo gaúcho trabalha para eleger em torno de quatro deputados e para federal a meta e de dois a três parlamentares.