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Dos ministros que assumiram com Bolsonaro em 2019, metade saiu

Roque de Sá/Especial FS imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Gabinete ministerial de Jair Bolsonaro, em 1º de janeiro de 2019

A indicação do senador Ciro Nogueira (PP-PI) para a chefia da Casa Civil e o rearranjo ministerial feito para acomodar o líder do Centrão no Planalto desatualizou, ainda mais, a foto de Jair Bolsonaro tirada após a posse dele, em 2019, junto com a equipe com a qual iniciou o governo. A observação é do Congresso em Foco, que informa que dos 22 ministros que aparecem ao lado de Bolsonaro, 11 deixaram de integrar o núcleo de comando da atual gestão, alguns deles tornando-se desafetos públicos do presidente, como foi o caso de Sérgio Moro.

O médico Luiz Henrique Mandetta, apesar de bem avaliado pela opinião pública durante o período que conduziu o Ministério da Saúde, deixou a pasta no ano passado. Desde então, tornou-se uma das principais vozes indicativas de erros na forma como governo tem lidado com a pandemia da covid-19. O Congresso em Foco cita na lista dos ex-aliados o nome de Gustavo Bebianno, que morreu com mágoa da relação abalada com Bolsonaro, quase um ano depois de deixar um cargo no Planalto.

A entrada de Ciro no governo faz dele o quarto ministro da Casa Civil durante a gestão Bolsonaro. Esse cargo já foi ocupado por Onyx Lorenzoni e pelos generais Walter Braga Netto e Luiz Eduardo Ramos fazendo com que a Casa Civil - pasta que coordena e integra as ações presidenciais - mantenha uma rotatividade semelhante apenas à do Ministério da Saúde durante o período Bolsonaro. O recordista de mudanças, no entanto, é a Secretaria-Geral da Presidência, que teve cinco ministros desde 2019 (Gustavo Bebianno, Floriano Peixoto Vieira Neto, Jorge Oliveira, Onyx Lorenzoni e Luiz Eduardo Ramos).

Outros ministérios também computaram alta rotatividade: o Ministério da Educação teve três nomes à frente da pasta (Ricardo Vélez-Rodríguez, Abraham Weintraub e Milton Ribeiro), assim como o Ministério da Justiça e Segurança Pública, que desde abril do ano passado foi comandado por Sergio Moro, André Mendonça e Anderson Torres.

Enquanto isso, a Saúde está no quarto ministro desde o início da pandemia, em março do ano passado.

Onyx Lorenzoni, deputado eleito pelo Rio Grande do Sul e próximo de Bolsonaro desde antes da eleição do presidente em 2018, é um dos que mais ocupou cargos na esplanada. Ele foi chefe da Casa Civil no primeiro mês de mandato, depois migrou para o Ministério da Cidadania e, em seguida, ocupou a Secretaria-Geral da Presidência. Hoje ocupa a pasta de Emprego e Previdência, desmembrada da Economia para que o Planalto acomodasse o nome de Ciro Nogueira.

Oito ministros permanecem em seus cargos desde o dia um:?Paulo Guedes?(Economia), Bento Albuquerque (Minas e Energia), Marcos Pontes (Ciência, Tecnologia e Inovações), Tereza Cristina (Agricultura), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Wagner Rosário (Controladoria-Geral da União), Tarcísio Gomes de Freitas (Infraestrutura) e Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos).

Apesar das constantes mudanças, Bolsonaro mantém quatro militares no grupo de ministros: Bento, que é almirante da Marinha, e o general Heleno se mantiveram, ganhando a companhia de Braga Netto (hoje na Defesa) e Luiz Eduardo Ramos, colega de Jair Bolsonaro cuja amizade remonta à formação militar de ambos. 

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