A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) divulgou nesta segunda-feira , amplo estudo sobre o impacto financeiro que os municípios vão sofrer ainda neste ano com medidas aprovadas recentemente em Brasília. O levantamento inclui ações no âmbito dos três poderes em nível federal. No total, projetando propostas ainda em tramitação, a perda estimada para os 497 municípios gaúchos soma R$11,7 bilhões. 

A previsão de queda nas receitas levou a uma mobilização dos prefeitos à capital federal. O presidente da Federação das Associações dos Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), Paulinho Salerno, lidera uma comitiva de mais de 100 prefeitos gaúchos que participaram ontem de atos na sede da CNM, na Câmara dos Deputados e no Senado.

Da região da Campanha, apenas o prefeito de Candiota, Luiz Carlos Folador (MDB) participa do ato em Brasília.

Entre as medidas já aprovadas, com impacto imediato nos orçamentos municipais no Rio Grande do Sul, estão a limitação nas alíquotas do ICMS (R$ 1,3 bi), a desoneração do IPI (R$ 455,6 milhões) e a criação do piso para profissionais da enfermagem, professores e agentes de saúde (R$ 2,1 bi), totalizando R$ 4,1 bilhões.

Impacto

Folador disse que o município teria um prejuízo de aproximadamente de R$ 2 milhões, e que isso acabará impactando em serviços que hoje são prestados na área da educação, saúde e assistência social. "Se isso acontecer teremos que fazer uma economia muito grande", pontuou.