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Dia do Gato

Veterinária e NBPA alertam para importância da adoção responsável

Divulgação FS imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Felpo é positivo para FIV e FELV e está bem após tratamento

No 17 de Fevereiro se comemora o Dia Mundial do Gato, data criada por uma instituição italiana com o objetivo de ajudar a promover uma campanha contra os maus-tratos contra os bichanos. Vale destacar que, diariamente, é possível verificar nas redes sociais o aumento da adoção de felinos, mas também do abandono. A presidente do Núcleo Bageense de Proteção aos Animais, Patrícia Coradini, confirmou que isso, de fato, tem ocorrido. "Aumentou horrores o abandono de gatos. São muitas ninhadas abandonadas, inclusive dentro de contêineres", comentou.

Acontece que é bastante comum a adoção de gatos sem responsabilidade. Ou seja, os felinos são adotados, mas não são castrados e a eles são permitidas as "saidinhas". E isso tem como consequência o aumento populacional e a cruel prática do abandono. Patrícia lembrou que a cada três meses uma gatinha pode entrar no cio e ter crias.


É preciso cuidado

Antes de adotar um gatinho, é preciso levar em consideração que, assim como os cães, eles também precisam de cuidados. A médica veterinária Juliana Flôres mencionou que os felinos precisam de vermífugo, vacinas e antipulgas, assim como os cachorros. E ela revelou que muitas pessoas, felizmente, já estão cientes disso. "Antigamente, não era comum gatos serem levados ao consultório veterinário, algo que tem mudado bastante de um tempo para cá. A mentalidade das pessoas está mudando. Estão percebendo que medidas profiláticas estendem muito mais a vida dos felinos", pontuou.


Sem livre acesso à rua

A veterinária explicou que existem dois tipos de gatos, os de estimação e os de estimativa. "Os de estimação podemos dizer que são os 100% domiciliados, e os de estimativa são aqueles que são semi domiciliados ou com livre acesso à rua, que estão muito propensos a doenças, reduzindo a expectativa de vida para, no máximo três anos, infelizmente", esclareceu.

Juliana ainda ressalvou que é preciso estar ciente que para manter um gato em casa a castração não é a única atitude que deve ser tomada. "A castração pode ajudar a manter os animais mais caseiros, sem procurar fêmeas, mas é preciso entender que a castração não impede o gatinho de sair para a rua", disse. "Por isso, o tutor também deve fazer a sua parte. Se eles não conhecem a rua, não há motivo para apresentar para eles", acrescentou.

Muitas pessoas julgam que gatos só são felizes com as escapadinhas, com liberdade, mas isso é muito. "Gatos vivem tranquilamente dentro de casa", garantiu, ao sugerir que os tutores enriqueçam o ambiente dos felinos com poleiros, arranhadores e brinquedos. "Ele será muito feliz", enfatizou a profissional.


Atenção aos vírus

Juliana alertou que, antes de adotar um gatinho, quando já há um bichano em casa, são necessárias algumas medidas de adaptação para uma melhor socialização. "Também antes de juntar o novo integrante aos demais, devemos testar o gatinho para os vírus da FIV e FELV, que são doenças altamente contagiosas e muitas vezes letais. Por isso, a vacina se torna extremamente importante", ponderou. Tais vírus por vezes são contraídos justamente nas "escapadinhas".

Juliana, inclusive, apresentou o mascote Felpo. "Ele foi adotado por nós. Estava para morrer aqui na quadra da loja (Quatro Patas). Ele tem FIV e FELV. Tratei ele e hoje está bem", relatou, ao acrescentar a importância de testar os bichanos para que eles possam receber o tratamento adequado e terem qualidade de vida.

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