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Varíola dos macacos

Saúde terá reunião para definir estratégias

Reprodução/Internet imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Principal forma de transmissão é por contato com lesões

A Vigilância em Saúde do município e o setor de epidemiologia da 7ª Coordenadoria Regional de Saúde devem se reunir hoje para definição de estratégias diante do avanço da varíola dos macacos no Estado. Tal encontro, aliás, foi motivado pelo alerta epidemiológico divulgado pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde, na semana passada.

É importante lembrar que foi confirmada a transmissão comunitária da monkeypox na capital dos gaúchos, Porto Alegre, que é um dos principais destinos dos bageenses e isso diariamente. Até ontem, havia confirmação de 40 casos da doença no Rio Grande do Sul e 170 em investigação, considerados suspeitos.

A reunião desta quarta-feira foi confirmada pelo coordenador da Vigilância em Saúde, Geraldo Gomes. "Teve esse alerta e a gente já está vigilante. Então, a gente vai fazer uma reunião com a 7ª Coordenadoria e pessoal da epidemiologia", detalhou, sobre a possibilidade desse encontro culminar na montagem de uma estratégia.

Até essa terça, a monkeypox havia sido registrada em 14 municípios gaúchos, nenhum da região - são 15 casos em Porto Alegre, um em Campo Bom, três em Canoas, quatro em Caxias do Sul, um em Esteio, três em Garibaldi, três em Igrejinha, três em Novo Hamburgo, um em Monte Belo do Sul, um em Passo Fundo, um em Santo Ângelo, um em São Marcos, dois em Uruguaiana e quatro em Viamão.

É importante destacar que foi instituído, na semana passada, o Centro de Operações de Emergências da Monkeypox no Rio Grande do Sul. Isso foi uma estratégia diante da transmissão comunitária da doença em Porto Alegre: ou seja, já não é possível definir uma cadeia de transmissão do vírus na capital.

A comprovação disso ocorreu após resultado positivo de exame PCR realizado pelo Laboratório Central do Estado em cinco pacientes sem histórico de viagem. Desde o dia 23 julho, a situação é considerada pela Organização Mundial da Saúde como Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional.

Como identificar

São casos suspeitos pessoas de qualquer idade que apresentem início súbito de lesão em mucosas e/ou erupção cutânea aguda sugestiva de Monkeypox (lesões profundas e com progressão da lesão - máculas, pápulas, vesículas, pústulas e crostas), única ou múltipla, em qualquer parte do corpo (incluindo região genital/perianal, oral) e/ou proctite (por exemplo, dor anorretal, sangramento), e/ou edema peniano, podendo estar associada a outros sinais e sintomas.

De acordo com a nota técnica da Saúde do Estado, devem ser rastreadas e monitoradas pessoas que tiveram exposição próxima e prolongada sem proteção respiratória ou com contato físico direto, nos 21 dias anteriores ao início dos sinais e sintomas suspeitos. "Parcerias sexuais, contatos intradomiciliares e profissionais de Saúde que atenderam esses pacientes geralmente encontram-se sob maior exposição", esclareceu o texto.

Diante dos sintomas

A Secretaria de Saúde destacou que isolar imediatamente os casos suspeitos é fundamental para o controle da varíola. "O período de isolamento deve seguir até a cicatrização completa de todas as lesões. Em casos onde as lesões de pele não estiverem presentes, vale considerar um período mínimo de 21 dias e a remissão completa dos sintomas", sustentou. "Em ambas as situações, os pacientes devem ser reavaliados pelos serviços de Saúde", finalizou. Vale mencionar que não há recomendação de isolamento de contatos assintomáticos.


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