BAGÉ WEATHER

Na região

Oncologista fala sobre índices de câncer de mama

Luciano Madeira imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Médico diz que um dos fatores pode estar relacionado a alimentação

A Secretaria Estadual da Saúde (SES), o Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Rio Grande do Sul (Cosems/RS) e o Instituto da Mama do Rio Grande do Sul (Imama) assinaram um termo de cooperação com o objetivo de ampliar o diagnóstico ágil do câncer de mama e contribuir para a redução da mortalidade pela doença no Estado. De acordo com informações do governo gaúcho, nessa primeira etapa, a iniciativa será aplicada nos municípios das regiões Metropolitana e da Campanha, onde se encontram os piores índices da doença no Estado.

A reportagem conversou com o médico oncologista Maurício Araújo sobre a região ser apontada como uma que tem os piores índices. O profissional enfatiza que os estados mais desenvolvidos como, por exemplo, as regiões Sul e Sudeste, são os que apresentam maiores taxas de câncer de mama.

De acordo com o oncologista, no Rio Grande do Sul, a estimativa é em torno de 70 casos para cada 100 mil habitantes, mas nos outros estados como Santa Catarina e São Paulo essas taxas são bem maiores.

Araújo disse que os fatores que elevam os índices da doença podem estar relacionados com a alimentação e ao estilo de vida das pessoas. "Atualmente, nos alimentamos mais com alimentos ricos em gordura, e a pessoa faz pouco exercício físico, mais tempo com uso de anticoncepcionais, mulheres tendo filhos em idades avançadas, amamentando por pouco tempo, fazendo com que a glândula mamária sofra mais agressões hormonais ao longo da vida", relatou o profissional.

Ao ser indagado sobre qual a faixa etária é a mais atingida, o médico respondeu que em geral são mulheres acima dos 50 anos. Araújo disse que as mulheres precisam fazer o autoexame porque muitos tumores são diagnosticados após a sua realização e que esse procedimento é aconselhável ser feito logo após a menstruação.

Alerta

O oncologista explicou que quando a mulher descobre que está com câncer de mama, a primeira coisa que ela pensa é que vai morrer. "Ela diz que está com os dias contados, mas sempre é bom lembrar que o diagnóstico precoce pode curar 95% dos tumores de mama", afirma.

Ao ser perguntado sobre quais os tipos de câncer em que a mulher precisar fazer a cirurgia para retirada da mama, o médico responde que em geral hoje está mais relacionado ao tamanho do tumor proporcionalmente ao tamanho da mama. Ele conta que sempre é feito de tudo para preservar a mama. "As vezes tumores muito grandes com a invasão da pele do mamilo por exemplo, não conseguimos preservar a mama", explica.


Saúde terá reunião para definir estratégias Anterior

Saúde terá reunião para definir estratégias

Janela dos Saberes reúne grande público na Biblioteca Próximo

Janela dos Saberes reúne grande público na Biblioteca

Deixe seu comentário