O titular da Vigilância e secretário de Saúde, Geraldo Gomes, reforçou o pedido de que a população colabore e mantenha suas residências e pátios limpos, livres de potenciais criatórios para o mosquito da dengue. Ele alertou que até mesmo uma tampinha ou uma casca de ovo podem ser suficientes para reservar água limpa, que se manterá parada - condição ideal para o mosquito se proliferar. Gomes ressalvou que dias de chuva, seguidos de sol e calor, resultam em condições ideais para a eclosão.

O secretário lembrou que, neste período, muitos bageenses estão curtindo um período em casa e podem aproveitar para eliminar os possíveis criatórios, limpar calhas e tampar caixas d'água . Aliás, sempre que reservar água, o morador precisa providenciar uma tampa. Outra alternativa são aquelas telas para evitar o acesso de mosquitos, geralmente colocadas em janelas. "Sozinhos somos uma gota, mas com apoio, em conjunto, combatermos o mosquito", enfatizou o coordenador da Vigilância em Saúde e secretário. Ele lembrou que, atualmente, não há casos suspeitos de dengue em Bagé.

Situação no Estado preocupa

O Centro Estadual de Vigilância em Saúde emitiu um comunicado de risco sobre o aumento do número de casos notificados de dengue, que está acima do esperado para a época do ano em que se inicia a sazonalidade da doença. Nas últimas semanas, foi observado um aumento de casos notificados que supera em 11,4 vezes a média móvel na semana epidemiológica 49, quando comparado com o número de casos da série histórica, afirma Roberta Vanacôr Lenhardt, especialista em saúde do Cevs. Em 2022, a semana epidemiológica 49 foi entre os dias 4 a 10 de dezembro.

Desde o começo de 2022, o Rio Grande do Sul notificou 98 916 casos suspeitos e confirmou 66 731 casos de dengue e 66 óbitos pela doença. O mosquito Aedes aegypti está presente em 91% das cidades gaúchas, totalizando 453 municípios infestados. Bagé, inclusive, é considerada infestada pelo mosquito da dengue.

Dicas para a prevenção

Revisar a área em torno da residência ou local de trabalho uma vez por semana, procurando possíveis criadouros e eliminando-os;

Descartar adequadamente resíduos sólidos inservíveis que possam acumular água (potes, latas, garrafas, pneus, entre outros), destinando à coleta seletiva ou entregando em recicladoras;

Jogar fora na terra ou em superfície seca a água acumulada dos potes: não jogar a água em outro local com água, pois o ciclo de vida continuará;

Lavar com esponja, água e sabão, ao menos uma vez por semana, os potes que não podem ser colocados fora;

Preencher pratos de plantas com terra;

Garantir que caixas d'água ou cisternas de armazenamento estejam bem fechadas;

Cobrir possíveis saídas (ladrão) de caixas d'água ou cisternas com tela ou meia de nylon.