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Campanha

Rotary busca conscientizar sobre a importância da doação de órgãos

Arquivo/FS imagem ilustrativa - fireção ilustrativa - Uma Vida Salva Oito é o lema usado pelo rotarianos

Instituição reconhecida mundialmente, o Rotary abraça causas das mais diversas, como a erradicação da pólio, por exemplo. A mais recente campanha lançada pela instituição trata sobre a importância da doação de órgãos.

Conforme o vice-presidente do Rotary Bagé Norte - que está encabeçando a campanha na cidade junto com a Santa Casa de Caridade - Ângelo Silva, todos os meses o Rotary trabalha por alguma causa. O mês de dezembro é voltado para as ações de saúde. Desta vez, o trabalho será dedicado a importância da doação de órgãos.

Com o nome de "Uma Vida Salva Oito", o objetivo é conscientizar sobre o gesto que pode salvar muitas vidas. "Uma pessoa pode salvar a vida de outras oito, doando coração, córneas, fígado, pâncreas, pulmões, rins, ossos e tecidos", mencionou Silva, explicando o motivo do nome da campanha.

Recentemente, o jornal Folha do Sul havia feito uma reportagem sobre a doação de órgãos. Na época, a psicóloga hospitalar da Santa Casa de Caridade de Bagé e membro da Comissão Intra Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT), Lisiane Sefrin, mencionou que a grande dificuldade é o consentimento da família. "A decisão de doar os órgãos quando o paciente tem a confirmação da morte encefálica é da família. Somente a família pode decidir se serão ou não doados os órgãos", explicou. Por isso, muitas doações acabam esbarrando nessa permissão.

Uma pesquisa feita pela Secretaria Estadual da Saúde (SES) em 2019 mostrou que em 43% dos casos a negativa familiar acontece porque o potencial doador, ainda em vida, não havia deixado claro qual era o seu desejo. Assim, as autoridades em saúde indicam que as pessoas devem expressar esse desejo para os familiares, para que não haja dúvidas na hora de permitir a doação.

Mas, para ser um doador existe uma série de requisitos que precisam ser respeitados. Explicando o processo de forma simples, o paciente interna na UTI por algum tipo de doença que não seja infectocontagiosa, tem uma piora no quadro clínico e evolui para morte cerebral. Após o exame de eletroencefalograma, que constata oficialmente a morte cerebral, a família é comunicada e se faz a oferta da Doação de Órgãos. Caso seja aceito, a Central de Transplantes em Porto Alegre é notificada e se iniciam os trâmites legais para efetuar a doação.

A partir daí, começa uma verdadeira corrida contra o tempo para que os órgãos cheguem até quem está na fila pelo transplante. Em 2019 o jornal Folha do Sul registrou em uma reportagem especial o processo de doação de órgãos feito na cidade.

Conforme dados divulgados pela SES, em 2019, último ano antes da pandemia de coronavírus, houve 243 doações; em 2020 foram 182; e até agosto de deste ano, apenas 96. Os números podem ser ainda maiores em nível nacional. Apesar de a taxa de notificação de potenciais doadores de órgãos ter aumentado 13% no primeiro semestre de 2021, a taxa de doadores efetivos caiu no mesmo percentual (13%). Segundo os dados divulgados recentemente pela Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), a queda se deve à perda de 24,9% na taxa de efetivação da doação.

Segundo a versão semestral do Registro Brasileiro de Transplantes (RBT) - balanço completo sobre doação de órgãos e transplantes no país - o transplante renal (19,2 por milhão de população - pmp) diminuiu 16,3%. As maiores quedas ocorreram nos estados de Santa Catarina (63%) e Rio Grande do Sul (59%). A queda do número de transplantes também pode ser atribuída à queda no número de leitos disponíveis para esses pacientes, já que em decorrência do aumento dos casos de covid e a necessidade de mais leitos para internações tanto nas enfermarias quanto nas unidades de terapia intensiva (UTI).


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