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Júri

Réu com 357 anos de prisão nega assassinato

Luciano Madeira imagem ilustrativa - fireção ilustrativa -

O júri de três réus, entre os quais Marcus Diego Brignol Vaz (MD), 36 anos, mobilizou um aparato de segurança nos arredores do prédio do Fórum, nessa terça-feira.

Foram julgados pelo assassinato de Fábio Gleite Rodrigues e tentativa de homicídio. Além de Vaz, Elber Veiga Duarte, 24 anos, e Mateus Rodrigues Martins, 30. Outro que também seria julgado foi isentado do crime.

Marcus Diego Brignol Vaz, que está preso em um presídio federal em Mato Grosso do Sul, chegou no fórum por volta das 8h - escoltado por seis policiais penais federais.

O júri começou às 9h50mim. O primeiro a ser ouvido foi Gilmar Adriano Concilio Machado, 27 anos, que estava junto com Rodrigues quando ele foi assassinado.

Machado relatou que, naquela manhã do dia 16 de fevereiro de 2019, estava indo de bicicleta para o serviço e encontrou com Rodrigues e os dois ficaram conversando - quando chegou um carro e os ocupantes começaram a atirar em Rodrigues. “Eu subi na bicicleta e tentei voltar pra casa, e o carro me seguiu. Eu até pensei em me esconder em um mato, quando levei o tiro pelas costas”, lembrou.

Machado disse acreditar que, por ter presenciado o crime, tentaram matá-lo como “queima de arquivo”.

Ao ser perguntado se ele conseguiu ver o rosto dos atiradores, o depoente respondeu que não, e que só tentou fugir do local até ser alvejado. Machado disse que, após ser baleado, foi socorrido e levado para o hospital, onde passou por cirurgia - mas perdeu os movimentos da cintura pra baixo.


Não sabia nada
Na sequência, foram ouvidos dois policiais civis da equipe de investigação da 1ª Delegacia de Polícia, que era responsável pelo caso.

Os advogados do réu Elber Veiga Duarte arrolaram uma testemunha, mas, na frente da juíza Naira Melkis Pereira Caminha, ela disse que não sabia nada e não tinha nada para falar.

Passavam das 14h quando a juíza leu a denúncia para os réus. O primeiro réu a ser ouvido foi Duarte. Ele negou a participação no crime. Ao ser questionado se ele conhecia Marcus Diego, o réu respondeu que não.
Perguntado se conhecia o réu Mateus, Duarte falou que o conheceu dentro da cadeia


Nada a perder
Marcus Diego Brignol Vaz afirmou que não ordenou a morte de ninguém. “Eu, hoje, sou considerada um das pessoas mais perigosas e tenho até vergonha de alguns crimes de que sou acusado”, admitiu.

O réu disse que tem 357 anos de prisão para cumprir e que, se fosse condenado no júri de ontem, nada ia mudar em sua vida. “Eu fiz dois mil quilômetros e não vou chegar aqui e mentir. Eu sou taxado de líder de facção. Nunca fui chefe de nada. Eu sou apenas traficante”, asseverou.

O ultimo réu a depor foi Mateus Rodrigues Martins. Ele negou que tenha participado do crime. O depoente contou que estava cumprindo pena no regime semi-aberto e que fugiu para a cidade de Caçapava do Sul para visitar familiares, esposa e os três filhos e, depois, foi para Aceguá como alambrador. Questionado se conhecia Marcus Diego, ele disse que o conheceu no momento do julgamento e que nunca recebeu ordem para matar ninguém. Perguntado se conhecia o réu José Elber, ele respondeu que conheceu dentro da cadeia.

Vale destacar que até o final da edição, o júri ainda estava em andamento.

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